Sindicato quer conhecer condições dos enfermeiros em Reguengos de Monsaraz

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) exigiu hoje conhecer as condições em que estão a trabalhar os profissionais deslocados para prestar cuidados aos utentes do lar de Reguengos de Monsaraz onde surgiu um surto de Covid-19.

“Temos que saber no concreto em que condições é que esses enfermeiros estão a ser deslocados” para exercer funções em Reguengos de Monsaraz, afirmou Celso Silva, dirigente do Alentejo do SEP, em declarações à Lusa.

O dirigente sindical questionou se o seguro profissional dos enfermeiros “cobre essa deslocação e o local onde estão a exercer funções” e se lhes foi “dada formação para a utilização de equipamentos de proteção individual”.

Celso Silva lamentou que os enfermeiros estejam a ser deslocados pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo dos centros de saúde para o lar, considerando que a estrutura, que “pertence a uma fundação, é que deveria contratar enfermeiros diretamente”.

Segundo o sindicalista, o SEP enviou para a ARS do Alentejo perguntas, por escrito, no passado dia 6 de julho, sobre as condições de trabalho dos enfermeiros deslocados em Reguengos de Monsaraz.

“Pedimos um esclarecimento urgente porque é compreensível que os enfermeiros queiram saber em que condições é que estão a ser deslocados e a exercer o seu trabalho em Reguengos de Monsaraz”, sublinhou, na sequência de um comunicado divulgado hoje pelo SEP.

O dirigente do SEP indicou que o sindicato ainda não recebeu as respostas às perguntas feitas à ARS do Alentejo, considerando que “não é correto” a demora da resposta ou a falta de informação.

“Não vemos qual é a necessidade de não nos responderem, porque, ao não nos responderem, gera-se dúvida e a inquietação nos profissionais é compreensível”, acrescentou.

No documento enviado à ARS do Alentejo, o SEP também questiona se o lar da FMIVPS tinha plano de contingência e até quando se prevê a deslocação de enfermeiros para Reguengos de Monsaraz.