A Mesa da Assembleia Geral do Vitória de Setúbal aguarda o levantamento do estado de contingência para convocar uma reunião magna, para ratificar a hipoteca dos terrenos doados pela câmara setubalense, como garantia do pagamento de dívidas fiscais.
“A Mesa da Assembleia Geral (MAG) recebeu, em 31 de julho último, o pedido da Direção de convocação de uma Assembleia Geral, com caráter de urgência, com vista à ratificação dos atos de gestão do presidente da Direção, na aceitação da doação e oneração (hipoteca) de 65 lotes de terreno doados pela Câmara Municipal de Setúbal ao Vitória Futebol Clube, destinados a serem hipotecados, como garantia de pagamento de dívidas fiscais da SAD”, informa o comunicado emitido pela MAG do Vitória de Setúbal.
No texto, assinado pelo presidente daquele órgão, Cândido Casimiro, refere-se que a cidade de Setúbal está integrada na área metropolitana de Lisboa e, por isso, sujeita ao estado de contingência no âmbito do combate à pandemia de Covid-19, razão pela qual foi pedida à Direção-Geral da Saúde (DGS) autorização para a realização da assembleia e medidas a tomar na mesma.
No entanto, a resposta da DGS foi negativa, decisão perante a qual a MAG diz conformar-se, mas alerta para o facto de a Direção Distrital de Finanças de Setúbal ter exigido a apresentação do registo definitivo dessa hipoteca, apesar de esta já estar registada, ainda que provisoriamente, a seu favor, o que só é possível com a deliberação e ratificação da Assembleia Geral.
“Vamos aguardar que o estado de contingência seja levantado, o que se prevê para meados do mês, para então, cessado o justo impedimento, fazermos a convocação para nos encontrarmos em Assembleia Geral para discutir e encontrar soluções que melhor sirvam o nosso Vitória”, indica a nota da MAG sadina.