A Assembleia Distrital do PSD de Setúbal aprovou, por unanimidade, uma moção contra o licenciamento ou aumento de atividades que destruam e descaracterizem a serra da Arrábida, segundo um comunicado hoje divulgado pelos social-democratas.
“Manifestamos a nossa oposição a qualquer mecanismo que implique o aumento da área de exploração das atuais pedreiras ou da sua profundidade”, refere a moção apresentada pelo presidente da Comissão Política Distrital do PSD, Paulo Ribeiro, na assembleia distrital realizada na terça-feira.
O PSD promete recorrer a todos os meios à disposição do partido para obter esclarecimentos adicionais junto das entidades competentes, nomeadamente, dos ministros do Ambiente e da Economia.
Na mesma nota, o líder distrital do PSD de Setúbal, Paulo Ribeiro, acrescenta que “um dos ex-líbris do distrito de Setúbal não pode continuar a ser delapidado, pois é um património natural catalisador do turismo na região, mas também de diversas outras atividades económicas”.
A tomada de posição do PSD surge na sequência das notícias sobre a intenção da Secil de alargar o perímetro das pedreiras da Arrábida, no âmbito de um projeto de descarbonização da produção da cimenteira do Outão, situada em pleno Parque Natural da Arrábida, em Setúbal.
Em 1 de outubro, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática revelou à agência Lusa que a Secil já tinha reformulado o projeto, “tendo retirado a redelimitação do perímetro da pedreira” na sequência de um parecer desfavorável do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).