Câmara do Seixal contesta encerramento do terminal fluvial do Seixal para obras

O município contesta “ausência de comunicação prévia” do encerramento para obras do terminal fluvial do concelho, bem como a falta de “articulação com a autarquia” para minimizar o impacto nos utentes

“Ainda que possamos admitir que os motivos para a realização da obra sejam urgentes e inadiáveis, não podemos deixar de manifestar a nossa perplexidade pela ausência de comunicação prévia e articulação com a autarquia”, considerou a câmara do Seixal, em comunicado.

A autarquia reagia assim à informação da Transtejo, de que a ligação fluvial entre o Seixal e Lisboa será suspensa a partir de segunda-feira, por 45 dias, devido a obras de melhoramento, mas será assegurado transporte rodoviário até ao terminal de Almada.

O município criticou ainda “a falta de antecedência da informação em relação à data prevista para início da obra, a ausência de previsão de data para a conclusão das obras e a falta de consideração sobre o impacto que a interrupção do serviço provoca na vida quotidiana dos utentes”.

Além disso, apontou, também “existem muitas dúvidas em relação ao funcionamento das carreiras rodoviárias alternativas”.

“Esta situação merece o repudio e o veemente protesto por parte da autarquia, por se tratar de um episódio que contraria os interesses da população do concelho, sendo necessário zelar para que, de futuro, não persista esta evidente falta de articulação, que prejudica e lesa os interesses da população que se desloca entre o Seixal e Lisboa”, frisou.

Em comunicado, a Transtejo explicou que a obra abrange uma área total de 450 metros quadrados que “não é compatível com a operação fluvial, pelo que a empresa é forçada a suspender a atracação”.

No entanto, frisou que a oferta de transporte de e para Lisboa continuará a ser garantida através de um “serviço especial de transporte em autocarro” entre o terminal do Seixal e o de Cacilhas, em Almada.