CDS Setúbal contesta decisão do Governo duplicar o preço da Taxa de Gestão de Resíduos

Para o partido, o Governo “deve criar mecanismos que regulem e onerem os importadores e não todos os que lidam e gerem lixos”.

O CDS-Distrital de Setúbal, numa nota de imprensa enviada ao Semmais Digital, onde cita o presidente João Merino e o coordenador- autárquico Paulo Santos, afirma “repudiar a decisão do Governo de aumentar a Taxa de Gestão de Resíduos de 11 euros por tonelada para 22 euros”.

“É uma medida absolutamente incompreensível num momento em que vivemos uma pandemia que está a provocar uma crise de saúde, social e económica. Uma decisão que terá impactos diretos para as empresas e para as famílias, sobretudo devido ao evidente aumento da fatura da água que todos passaremos a sentir já a partir de janeiro”, diz João Merino

Já Paulo Santos alega que “a boa gestão dos aterros, a promoção da reciclagem pelas autarquias e pelos munícipes deve ser uma prioridade de todos os atores com responsabilidades políticas ou executivas, mas tem de haver equilíbrio na forma como se implementam estas medidas e deve ser avaliado o impacto que vai provocar às pessoas e empresas já tão castigadas pela maior carga fiscal de sempre.”

“Não podem ser os portugueses a pagar o facto de estarmos a receber milhões de toneladas de lixo, a preço de saldo, vindo de cerca de 47 países europeus e não europeus! O Governo deve criar mecanismos que regulem e onerem os importadores, e não todos os que lidam e gerem “lixos” como são, entre outros, as autarquias de todo o País, pois aí, o custo vai cair, obviamente, em cima do Zé povinho!” sublinha ainda João Merino.

Em conclusão, o partido adianta que “está, neste momento, a concluir um pacote de medidas no âmbito da Gestão de Resíduos Urbanos, que passam pela reforma do sistema, modernização tecnológica, criação de programas de sensibilização, formação e incentivo à reciclagem”.  O pacote “será muito brevemente apresentado nas autarquias do distrito de Setúbal através da nossa rede de autarcas”, assegura Paulo Santos.