Quebras no fornecimento de energia estão a provocar prejuízos a grandes empresas da Península de Setúbal, que manifestam preocupação com o aumento deste tipo de ocorrências ao longo do ano de 2020, revelaram à agência Lusa fontes empresariais.
A EDP Distribuição, empresa responsável pela distribuição de energia, garante que já está a trabalhar no sentido de resolver o problema.
Três grandes empresas da região de Setúbal confirmaram à agência Lusa que ao longo deste ano sofreram dezenas de quebras de energia, na ordem dos milissegundos, que, embora muito pequenas, obrigam à paragem das máquinas e a reiniciar todo o processo de produção.
Uma das empresas onde ocorreram cortes de energia admitiu que não se trata de uma situação inédita, dado que também havia quebras em anos anteriores, mas alertou para o aumento inesperado deste tipo de ocorrências em 2020.
A AISET, Associação da Indústria da Península de Setúbal, que representa algumas das maiores empresas da região, como a Secil, Navigator e a Lusosíder, entre outras, confirmou à agência Lusa que há várias empresas suas associadas que estão a ser afetadas, adiantando que estas quebras no fornecimento de energia se traduzem prejuízos significativos, dado que obrigam a reiniciar todo o processo de produção.
“Estes cortes de energia podem ser impercetíveis para a maior parte dos consumidores, até porque têm ocorrido quase sempre de madrugada, entre as 4:00 e as 6:00, mas forçam a paragem de máquinas e obrigam as empresas a reiniciar todo o processo de produção”, disse fonte oficial da AISET.
“Há empresas da Península de Setúbal que registaram cerca de duas dezenas de falhas no fornecimento de energia este ano. Quatro dessas falhas de energia ocorreram no passado mês de novembro”, acrescentou o responsável da AISET, sem revelar o nome das empresas afetadas.
Contactada pela agência Lusa, a EDP Distribuição não negou a existência de alegadas quebras no fornecimento de energia e garantiu que a empresa está “empenhada em ultrapassar a situação reportada”.
Na resposta, por escrito, à agência Lusa, a EDP Distribuição garante que “está a recolher informação detalhada dos sistemas de monitorização de qualidade de serviço, instalados nas Subestações, visando a identificação da causa e a sua resolução”.








