Cerca de duas dezenas de pessoas concentraram-se ontem em Évora para chamar a atenção do Governo e da câmara municipal para os prejuízos causados pela pandemia de Covid-19 nos setores da restauração, hotelaria e comércio.
A iniciativa contou com a participação de empresários e trabalhadores dos três setores, que se juntaram na Praça do Giraldo, em pleno centro histórico da cidade, e colocaram velas acesas na escadaria da Igreja de Santo Antão.
“Nesta praça que já esteve cheia e que agora está cheia de nada, as velas representam o luto” pelos negócios que fecharam as portas, afirmou aos jornalistas Tiago Duarte, um dos promotores da iniciativa.
O responsável pediu para que os empresários e trabalhadores da restauração, hotelaria e comércio sejam ouvidos, porque se sentem “abandonados” nesta época de Natal, que “seria chave para os negócios fazerem dinheiro, mas estão a trabalhar para nada”.
Tiago Duarte defendeu o fim da obrigação de os estabelecimentos nos concelhos com maior risco de contágio fecharem, a partir da tarde, aos fins de semana, lembrando que Évora encontra-se “numa situação intermédia, mas não se sabe o dia de amanhã”.
“Não aproveitar os fins de semana, que são os dias de maior lucro, é muito difícil”, disse, alertando que, com as medidas mais restritivas, “vai ser muito difícil aguentar até ao final do ano e sabemos que muitas empresas no final do mês entregam a chave”.
Em relação ao município de Évora, o promotor da concentração sugeriu que siga “medidas que estão a ser criadas por outras câmaras”, como o lançamento de vouchers para a restauração, hotelaria e comércio e a promoção dos negócios nas suas plataformas.