Universidade de Évora desenvolve projeto para criar jardins sustentáveis

A ideia é criar plantas autóctones, mas mais resistentes ao calor e aos longos períodos de seca, como o Sargaço, a Roselha-Grande, o Rosmaninho, o Pilriteiro e a Gilbardeira.

A Universidade de Évora (UÉ) está a desenvolver em colaboração com a CIMAC (Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central) um projeto que pretende impulsionar a utilização de plantas autóctones usadas nos espaços verdes de localidades do Alentejo Central, replicando-as para todo o território nacional.

O projeto “Plantas Nativas na Cidade- Repensar os espaços verdes urbanos”, liderado por Carla Pinto Cruz, Professora do Departamento de Biologia e investigadora no MED da Universidade de Évora, utilizará espécies nativas como o Sargaço (Cistus monspeliensis), a Roselha-grande (Cistus albidus), o Rosmaninho (Lavandula pedunculata), o Pilriteiro (Crataegus monogyna) ou a Gilbardeira (Ruscus aculeatus) para trabalhar na resiliência e sustentabilidade das suas constituições.

A investigadora Carla Pinto Cruz assume, em comunicado, que “o objetivo é melhorar o conhecimento e o estado de conservação do património natural e da biodiversidade da região e poder aplicar um modelo de desenvolvimento, gestão e valorização de territórios com um elevado capital natural, como as matas, os jardins ou outras estruturas ecológicas com funções paisagísticas urbanas indispensáveis ao bem-estar e qualidade de vida das pessoas que habitam a cidade e respetivas zonas periurbanas”.

O projeto já começou a ser testado em Évora, em ações que inclui os municípios de Montemor-o-Novo, Estremoz, Mourão e Redondo, com foco na requalificação de diversos espaços verdes, atualmente dominados por espécies exóticas, e desta forma promover ações de sensibilização junto dos cidadãos.

Inserido no Programa de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, do Ministério do Ambiente, é financiado pelo Fundo Ambiental no valor de 37 903,02 euros.