Universidade de Évora suspende avaliações desta sexta-feira e sábado

Universidade de Évora (UÉ) anunciou a suspensão das avaliações dos alunos marcadas para sexta-feira e sábado, na sequência das medidas anunciadas pelo Governo para as universidades, no âmbito da pandemia de Covid-19.

Fonte da academia alentejana revelou à agência Lusa que esta suspensão das avaliações agendadas para os próximos dois dias foi decidida pela reitoria, numa reunião que ainda decorre.

A reunião visa analisar e adotar “medidas que melhor respondam às necessidades dos estudantes, nomeadamente reajustar o calendário de avaliações”, na sequência do anúncio feito hoje pelo Governo.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou ontem o encerramento das escolas de todos os níveis de ensino durante 15 dias para tentar travar os contágios pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

As creches e ateliês de tempos livres serão encerradas no âmbito da interrupção das atividades letivas por causa do novo coronavírus, enquanto as universidades poderão ter de ajustar o calendário de avaliações.

No âmbito da “autonomia universitária”, são as instituições do ensino superior que “devem adotar as devidas medidas, tendo em conta que alguns dos estabelecimentos estão neste momento em avaliações e poderão ter que reajustar esse calendário de avaliações”, afirmou António Costa.

O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Sousa Pereira, já considerou que as medidas anunciadas pelo Governo para as universidades surgem “na altura certa” e disse esperar que contribuam para controlar a propagação da pandemia de covid-19.

“O anúncio vem na altura certa, na medida em que havia algumas universidades, nas zonas do país onde a situação é mais crítica neste momento, que estavam a ter alguma dificuldade em manter um clima de confiança dentro das instituições”, afirmou António Sousa Pereira.

Em declarações à agência Lusa a propósito das medidas anunciadas ontem, o presidente do CRUP disse esperar que “contribuam para achatar a curva e controlar a difusão da doença”, mas também a tranquilizar as pessoas.

“É um acréscimo no combate à pandemia”, referiu.