Cova da Piedade acusa poder local de “voltar as costas” ao clube

O presidente do Cova da Piedade acusou esta quinta-feira o poder local de “voltar as costas” ao clube do concelho de Almada, num “ano duro” e de dificuldades acrescidas devido à pandemia.

À agência Lusa, Paulo Veiga explicou que a câmara de Almada decidiu, no ano passado, “não renovar o contrato programa de desenvolvimento desportivo” com o clube, no valor de “cerca de 60 mil euros” anuais, que ajudava a manter a formação de mais de 300 jovens em futebol, futsal e natação.

“O facto de integrarmos uma SAD não pode levar a que sejamos considerados de outro nível, de elite, ou que estejamos com a tesouraria recheada. Não é o caso, como é do domínio público”, lamentou Paulo Veiga.

Numa mensagem aos sócios, por ocasião do 74.º aniversário dos piedenses, o presidente frisou ainda que, “a somar a todas as incertezas” provocadas pela pandemia, o clube não teve “um único apoio financeiro” do poder local.

As críticas do presidente visavam, também, a União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, que “nem sequer respondeu” aos apelos do clube, disse à Lusa, quando este está “em dificuldade” para cumprir com os funcionários, mas “conseguiram enquadramento para apoiar outras coletividades”.