Apoio da Cáritas de Évora cresceu 20% no ano passado e está a aumentar

A Cáritas Diocesana de Évora apoiou quase quatro mil pessoas, em 2020, quando surgiu a pandemia de covid-19, o que representou um aumento anual de 20%, e este ano já está a receber mais pedidos de ajuda.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Cáritas de Évora, Luís Rodrigues, indicou que, no ano passado, a instituição prestou apoio a 1.750 famílias, abrangendo 3.980 pessoas, o que se traduz num “aumento de cerca de 20%”, face a 2019.

As ajudas são alimentares, com a entrega de “cabazes preparados tendo em conta a dimensão do agregado familiar”, e também financeiras, para “pagar despesas de água, luz, renda de casa, medicamentos e outras, como próteses dentárias e óculos”, disse.

Segundo o responsável, quando começou a pandemia de covid-19, em março de 2020, a instituição teve uma “maior procura de alimentos” por parte dos mais carenciados e registou também mais “pedidos de ajudas pecuniárias para necessidades básicas, mas essenciais”.

“A população mais idosa é a mais carente, porque tem menos recursos e é mais doente”, observou, frisando que “a preocupação aumenta quando são referenciadas crianças” em famílias com dificuldades financeiras.

De acordo com o presidente da Cáritas de Évora, a instituição não tem muitos pedidos de imigrantes, mas aqueles que surgem são de “estudantes universitários dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)”.

“Temos ajudado com alimentos e alguns apoios de natureza pecuniária”, sublinhou.

Os cabazes preparados pela instituição para as famílias e pessoas carenciadas são constituídos por “um conjunto de produtos para confeção de refeições tradicionais”.

Todos os meses, adiantou o responsável, a instituição gasta “cerca de 15 mil euros nos diversos tipos de ajudas que presta no território da Arquidiocese de Évora”.

Questionado pela Lusa sobre os números no início deste ano, o presidente da Cáritas de Évora realçou que ainda não dispõe de dados concretos, mas admitiu que se verifica “uma aceleração dos pedidos de ajuda, motivados pelo aumento do desemprego”.

“Comparativamente com os números de 2020, vamos ter seguramente aumentos de 30%”, previu.