Destinado a promover a educação ambiental e o contato com a natureza, o parque do Alto da Verdizela será ecológico e está integrado na Rede de Trilhos de Interpretação Ambiental do concelho.
O segundo maior parque urbano da Área Metropolitana de Lisboa (AML), depois de Monsanto, vai ser criado no concelho do Seixal, abrangendo uma área superior a 400 hectares, na qual se insere a Rede de Trilhos de Interpretação Ambiental do município, já em implementação.
Trata-se do Parque Metropolitano da Biodiversidade, no Alto da Verdizela, em Corroios, que numa primeira fase se estende por cerca de sete hectares e onde a comunidade terá acesso a educação ambiental e ao contato com a natureza.
A aprovação da adjudicação do concurso público, para a construção da primeira fase, teve lugar recentemente numa sessão pública do executivo camarário. O custo da obra, cujo prazo de execução se prevê de 270 dias, é superior a 400 mil euros.
Em conversa com o Semmais, o vereador do Ambiente, Bem-Estar Animal, Serviços Urbanos e Proteção Civil, Joaquim Tavares, adiantou que o referido parque, pela sua dimensão e localização, assumirá “um papel importante na estrutura verde e de recreio” do concelho do Seixal.
O autarca destaca a mais-valia desta nova área como “uma zona calma e de contato com a natureza, perto das praias e em estreita ligação com a vizinha mata da Quinta da Apostiça com as suas lagoas, flora e outros interesses naturais”.
Um projeto para todas as estações, idades e aptidões físicas
O parque terá diversas valências, que resultam num conjunto de espaços/atividades que se “interligam e complementam” de forma a abranger “o máximo possível de utentes, de diversas idades e aptidões físicas. Estas valências permitem que o espaço possa ter atividades sazonais, “maximizando a sua intervenção no território”.
Assim, na primavera e no verão, o clima favorece, naturalmente, as “atividades físicas ao ar livre”, como caminhadas, jogging e passeios de bicicleta, enquanto no inverno e na primavera, a componente de sensibilização ambiental será destacada, uma vez que os habitats apresentam uma “maior atividade biológica”, nomeadamente a reprodução e diferentes estágios de desenvolvimento dos anfíbios.
Segundo o vereador Joaquim Tavares, o Parque Metropolitano da Biodiversidade poderá ser utilizado por utentes com mobilidade reduzida. Além disso, será disposto ao longo dos caminhos, mobiliário em material reciclado, como “bancos e papeleiras com mini-ecoponto”. Por sua vez, a iluminação, apenas no caminho de ligação ao Espaço de Educação Ambiental, será “solar e autónoma”, evitando-se assim a construção de uma rede elétrica.
O Espaço de Educação Ambiental destina-se a “servir de apoio aos utentes do parque e da Rede de Trilhos” e está dotado de “uma componente de educação, divulgação e observação da natureza/biodiversidade e pretende ser um marco na paisagem de promoção de conceitos para o futuro, como a Ecologia”, revela o autarca ao Semmais.