A estrutura municipal de apoio ao Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) suspendeu a sua atividade temporariamente, no domingo, dias após o último doente com covid-19 internado ter tido alta, divulgou hoje a unidade hospitalar.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o HESE indicou que o último doente internado na estrutura municipal de apoio (EMA) teve alta na quarta-feira e que a atividade deste equipamento, no domingo, foi suspensa temporariamente, com “o abrandamento da infeção” pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 “a nível local e regional”.
Segundo a unidade hospitalar, entre o dia 9 de janeiro, quando foi ativada, e o dia 17 deste mês, foram internados na Estrutura Municipal de Apoio ao Hospital (EMA) do hospital de Évora 123 doentes com covid-19.
“Esta estrutura foi um sucesso pela rapidez com que entrou em funcionamento, fazendo frente às necessidades do momento, pelo trabalho que foi desenvolvido pelas equipas” e “pelos doentes que tratou”, constituindo “um exemplo da importância da articulação e parceria entre instituições”, realçou o HESE.
Citada no comunicado, a presidente do conselho de administração do HESE, Maria Filomena Mendes, afirmou que “o trabalho desenvolvido pelas equipas e por cada uma das instituições ultrapassou todas as expectativas”.
“Criou-se uma unidade verdadeiramente focada no doente, concebida e desenvolvida por equipas dedicadas. Em articulação com os outros serviços do HESE, a rotatividade e articulação dos doentes foi muito bem conseguida”, referiu.
Para a responsável, fez-se “história dentro e fora do hospital”, porque, “sem a EMA, não teria sido possível dar resposta aos doentes mais graves que precisavam de internamento”, sobretudo, na fase em que o HESE chegou a ter internados “120 doentes com covid-19”.
A EMA foi cedida à unidade hospitalar pela câmara de Évora e recebeu os primeiros três doentes a 9 de janeiro.
Os cuidados aos doentes transferidos para este equipamento foram prestados por uma equipa multidisciplinar do HESE, que incluiu médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e assistentes sociais.
Arrendado pelo município, o pavilhão onde funcionou a EMA para doentes covid-19 situa-se na zona industrial da Horta das Figueiras.
Este equipamento foi o segundo que a câmara criou como resposta à pandemia de covid-19, depois da instalação de uma estrutura semelhante na residência universitária Manuel Álvares, num investimento a rondar os 75 mil euros.