Com um investimento de cerca de 75 mil euros, o município de Palmela acaba de criar a Unidade Móvel de Saúde (UMS) como forma de levar às populações mais distantes do concelho os cuidados primários de saúde.
“Procuramos sempre os serviços de proximidade, que respondam às necessidades das pessoas, nas zonas urbanas e nos núcleos populacionais mais dispersos”, referiu o presidente do município, Álvaro Amaro, ontem de manhã, Dia Mundial da Saúde, durante a apresentação do projeto, no Largo de S. João.
Contando com uma equipa de profissionais de saúde, a UMS foi criada no âmbito de um protocolo estabelecido com a ARSLVT e o Agrupamento Centros de Saúde Arrábida (ACES) e enquadra-se na estratégia municipal para a área da saúde, que procura a prestação de serviços de saúde na comunidade, prevenindo a doença e, simultaneamente, promovendo estilos de vida saudáveis e um envelhecimento ativo, especialmente junto das populações rurais e mais isoladas.
Esta UMS era “há muito ambicionada por todos nós», sublinhou o autarca, que acrescenta que a mesma «completa um leque de projetos mais significativos no âmbito do Percursos em Rede para a Inclusão Ativa (PRIA)”.
Apetrechada de dois gabinetes, devidamente equipados com material clínico e outro, e de instalações sanitárias, esta UMS é “essencial a uma intervenção de proximidade na área da saúde preventiva num concelho com mais de 465 quilómetros quadrados e povoamento disperso, com várias localidades e aglomerados que distam ainda dezenas de quilómetros da própria sede de freguesia”, sublinha Álvaro Amaro.
Pretende-se com este projeto, facilitar à comunidade, o acesso a meios básicos de rastreio, diagnóstico, informação, literacia em saúde, e promoção de hábitos de vida saudável. Funcionará três manhãs por semana e percorrerá o território, a partir da próxima semana, sendo que nos restantes horários, a UMS irá dispor de serviços informativos complementares.
Para Luís Pombo, diretor executivo do ACES, a UMS surge como “um recurso local de proximidade que visa responder de forma integrada às necessidades de saúde essenciais da população mais idosa isolada e com menor acesso à informação”.
Na sua ótica, esta UMS constituirá «um meio de excelência» no desenvolvimento de projetos de intervenção comunitária assentes numa metodologia de atuação multidisciplinar integrada e contará com a participação de profissionais do Gabinete do Cidadão, da Unidade de Saúde Pública, da Unidade de Cuidados na Comunidade, da Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados e das Unidades de Saúde Familiar.
Por seu lado, Nuno Nevade, do conselho de administração da ARSLVT, agradeceu e deu uma palavra de confiança e de apreço para a “excelência” de parceria que esta entidade celebrou com a Câmara de Palmela. “Desde que cheguei ao conselho diretivo da ARSLVT tivemos a oportunidade de construir uma parceria e uma confiança pessoal e institucional que permitiu o lançamento de vários projetos, um dos quais é esta UMS. Mas, certamente, não será o último. Temos um conjunto de projetos a decorrer e em desenvolvimento que irão modificar e beneficiar os utentes da saúde”.