A Ervideira acabou de ser reconhecida com o prémio Escolha da Imprensa na categoria de tintos do Grandes Escolhas, com o Conde D’ Ervideira Private Selection.
O vinho, que está “totalmente esgotado” e com apenas algumas garrafas disponíveis no mercado e nas Ervideira Wine Shops, tem vindo sucessivamente a crescer em produção. No entanto, só é apresentado mercado nos anos em que se revela extraordinário. A próxima edição já está escolhida com a de 2019, um vinho que a Ervideira garante ser de nível “verdadeiramente superior” e será apresentado ao mercado em garrafas de 75cl e Magnum (150cl) durante o verão, numa data a “anunciar em breve”, refere a empresa vitivinícola no mercado desde 1880.
“Este é um vinho mentiroso!”, sublinha Duarte Leal Costa, o Diretor Executivo da Ervideira, “pois diz no contrarrótulo Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet quando, desde 2001, é feito com Touriga Nacional e Alicante Bouschet. A verdadeira é que a Ervideira foi a primeira empresa a plantar no Alentejo a casta Touriga Nacional, uma casta não autorizada no Alentejo. Contudo, desde sempre que esta vinha de Touriga Nacional deu grandes vinhos, um deles o Conde D’Ervideira Private Selection, mas como não a poderíamos referir, passámos a escrever Trincadeira e Aragonez, em vez de Touriga Nacional. É por isso um vinho mentiroso.”, esclarece Duarte Leal Costa.
Em termos de produção, a partir de vinhas de Touriga Nacional e de Alicante Bouschet, as castas são vinificadas separadamente e em cubas rotativas e lagares de pisa mecânica, respetivamente. As uvas são vindimadas à máquina durante a noite e transportadas em camião frigorifico a 20ºC negativos, de forma a não ter fermentações ou oxidações, e entram nos respetivos depósitos de fermentação onde as uvas são mantidas em maceração durante 24 horas a frio e a 7ºC, e só depois fermentam lentamente em temperaturas que podem ir até aos 25ºC.
Fazem depois a malólatica e estágio em barricas novas de carvalho Francês, onde “descansam” durante 12 meses, sendo depois altura de fazer o Assemblage, filtrado e engarrafado, onde “descansa” durante mais outros 6 meses até poder ser apresentado ao mercado.
“É por isso um longo trabalho em vinha e adega, em que é preciso ter conhecimento, paciência, e no final verificar se o vinho tem a qualidade exigida para ser colocado no mercado ou não”, explica o Diretor Executivo da empresa vitivinícola que conta com mais de 110 hectares de vinha.
Também o Conde D’Ervideira Private Selection Branco tem sido sucessivamente reconhecido, um vinho das castas Antão Vaz (cerca de 90%) e Arinto (cerca de 10%) mas, neste caso, com uma fermentação e estágio em barricas de carvalho Húngaro.
“Esta distinção apenas reforça a nossa vontade em continuar a trabalhar de forma cuidada, tanto nas vinhas como na adega. Só nos permite concluir que estamos efetivamente a construir um caminho sólido e positivo e isso reflete-se agora neste prémio que recebemos. Estamos todos muito orgulhosos, pois a Ervideira tem vindo a percorrer um caminho de diferenciação através da inovação no setor e não queremos ficar por aqui com certeza” destaca Duarte Leal da Costa.