O projeto da Sociedade Musical Capricho Setubalense acrescenta uma oferta educativa até agora inexistente na cidade sadina e conta com o apoio da autarquia.
A Escola de Jazz e Música Improvisada da Capricho Setubalense, projeto de âmbito regional e de ensino informal, começou este ano a fase experimental, para aferir a aceitação na forma como este género musical se integram dentro dos hábitos da cidade. A missão passa por criar novas gerações de artistas na região, “dinamizar a criação musical e permitir o acesso das pessoas a uma diferente forma de aprender música”, conta ao Semmais Sérgio Gabriel, o presidente da Sociedade Musical Capricho Setubalense.
O projeto conta com o apoio da autarquia que celebrou, a 26 de março com o movimento associativo, um protocolo para auxiliar o desenvolvimento das atividades da nova escola e subsidiar com um total de dez mil euros. “Este ano, estamos a comemorar a 10ª edição do Festival Círculo de Jazz, o qual resulta de uma parceria com a Sociedade Musical Capricho Setubalense, e esta é uma forma de olharmos para uma nova etapa de desenvolvimento da oferta ligada a este tipo de música, apoiando a criação de uma escola que para além de concretizar um antigo sonho da Capricho, vem acrescentar uma oferta educativa/formativa até agora inexistente no concelho”, sublinhou fonte do Gabinete do vereador Pedro Pina, que detém o pelouro da cultura, na câmara de Setúbal.
Por outro lado, a autarquia garante a isenção das taxas de licença camarárias, assegura a Licença de Ruído e Ocupação de Via pública e cede uma percentagem das receitas de bilheteira, mediante acordo entre as partes, dos espetáculos apresentados pela escola em equipamentos como o Fórum Luísa Todi e a Casa da Cultura.
“O município desde sempre procura apoiar e valorizar a atividade do movimento associativo, apoiando também todas as ações que possam constituir uma mais-valia no envolvimento da população nas diversas atividades culturais e outras”, afirmou a mesma fonte.
A funcionar, neste momento, com uma dúzia de alunos, as aulas decorrem nas instalações próprias da Capricho Setubalense e na Casa da Cultura. O projeto conta com o envolvimento da pianista Rita Marques e do maestro Luís Cunha, que dirige a Big Band do Hot Clube de Portugal, e prevê o desenvolvimento de eventos na área do jazz e da música improvisada, incluindo blues e funk, a realização de palestras e workshops, concertos e, ainda, sessões de conversa com convidados músicos que falem sobre a sua experiência profissional.