A câmara do Barreiro aprovou um conjunto de incentivos à instalação de um Centro Logístico da Sogenave, com 572 postos de trabalho, um investimento de 22 milhões de euros previsto para 2023, revelou hoje a autarquia.
Segundo o vereador do Desenvolvimento Económico da câmara do Barreiro, Rui Braga, o projeto da Sogenave, que deverá arrancar em 2023, vai beneficiar de um “desconto de 60% face ao valor das taxas que vierem a ser calculadas, três anos de isenção do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e três anos de isenção da Derrama”.
“Estes incentivos fiscais, aprovados na quarta-feira em sessão de câmara ao abrigo do Regulamento Municipal de Incentivos ao Investimento, têm como contrapartida a manutenção dos pressupostos da candidatura durante 10 anos, ou seja, a cidade do Barreiro garante que a Sogenave vai pagar o IMI e a Derrama pelo menos durante sete anos”, justificou o vereador da câmara do Barreiro, de maioria PS, em declarações à Lusa.
Rui Braga salientou ainda que a Sogenave – que compra, vende e distribui produtos alimentares e não alimentares no território nacional – se comprometeu a mudar a sua sede para o concelho do Barreiro, outra condição estabelecida pelo município para a atribuição dos incentivos fiscais.
“O objetivo não é só garantir estes 10 anos, mas que a empresa fique aqui muitos anos, muitas décadas, a criar riqueza, a criar postos de trabalho e a pagar a Derrama”, acrescentou o autarca socialista.
De acordo com a câmara do Barreiro, a construção deste centro logístico e de distribuição da Sogenave, para armazenamento e centro de distribuição de produtos, deverá arrancar no início de 2023.
O futuro edifício, a ser construído num terreno de 2.100 metros quadrados na União de Freguesias de Palhais e Coina, terá três pisos e quatro unidades funcionais, para armazém ambiente, armazém de frio, áreas administrativas e zonas técnicas e sociais. No exterior está prevista a construção de parques de estacionamento e espaços verdes.
De acordo com a informação disponibilizada pelo município, a Sogenave faz parte do grupo Trivalor, uma ‘holding’ com mais de 50 anos de atividade e 100% nacional, e as instalações do Barreiro deverão albergar também as outras empresas deste grupo português.