Para o verão de 2022 devem estar concluídas em Sines as obras do pavilhão para descarga do pescado da pesca de cerco. Investimento é de 1,2 milhões de euros.
A lota da Carrasqueira, em Alcácer do Sal, vai ser reabilitada ainda este ano, devendo os trabalhos estar concluídos dentro de quatro meses. As obras, já adjudicadas pela Docapesca, vão permitir reunir condições de trabalho que têm como objetivo conseguir melhorar as circunstâncias de segurança alimentar. O valor total do investimento é de 288 mil euros.
“Com os trabalhos que irão ser feitos serão garantidos os requisitos para atribuição do número de controlo veterinário. Isso não só acaba por certificar o empreendimento, garantindo melhores condições sanitárias, como representa mais segurança para os consumidores e, em consequência, uma valorização de pescado que ali der entrada e o natural aumento dos rendimentos dos pescadores”, explicou ao Semmais o presidente da Docapesca, Sérgio Faias.
A requalificação da lota da Carrasqueira, que terá um revestimento de madeira de pinho para seguir as linhas de identidade das construções tradicionais do local, e que contemplará igualmente a instalação de uma fábrica de gelo, câmara frigorífica, sanitários, balneários e vestiário para os trabalhadores, assim como sanitários públicos, insere-se num plano mais vasto que visa melhorar a qualidade nos diversos portos e lotas do distrito.
De acordo com a Docapesca, a Carrasqueira (o cais Palafítico foi construído nas décadas de 1950 e 1960, sendo uma das mais importantes referências da arquitetura popular portuguesa associada à pesca artesanal) serve um conjunto de 40 embarcações as quais serão responsáveis, anualmente, pela captura de 100 toneladas de pescado, ao qual é atribuído um valor na ordem dos 350 mil euros. As principais espécies ali transacionados são o choco, o polvo e a amêijoa.
Investimento de 1,2 milhões num pavilhão em Sines
Segundo Sérgio Faias deverão iniciar-se também em breve as obras de construção de um pavilhão, no porto de Sines, destinado às descargas da pesca de cerco. Trata-se de uma obra de grande envergadura que o responsável da Docapesca justifica com o facto de ali desembarcarem diariamente grandes quantidades de pescado. Os trabalhos, que deverão estar concluídos no verão do próximo ano, têm um custo estimado de 1,2 milhões de euros.
O mesmo responsável disse ainda que também será lançado em breve um concurso para construção de um pavilhão idêntico em Sesimbra. Assim, depois dos trabalhos já efetuados no porto de Setúbal, o distrito fica com condições para poder garantir a certificação alimentar em todos os principais portos e lotas, ao mesmo tempo que melhora as instalações destinadas aos pescadores.
