GATEM – Espelho Mágico estreia “Alice no País das Maravilhas”

Uma história intemporal, cheia de simbolismos, que estimula a imaginação e questiona os princípios da lógica, é o ponto de partida de “Alice no País das Maravilhas”.

A 39.ª produção da GATEM – Espelho Mágico estreia este sábado no Forum Luísa Todi, em Setúbal, e repete, no dia a seguinte no mesmo teatro. O investimento ronda os oito mil euros e a companhia irá abordar, pela primeira vez, um clássico com 150 anos de existência.

Com texto de Lewis Carroll e adaptação e encenação de Miguel Assis, “Alice no País das Maravilhas” conta com música de António Carlos Coimbra, e cenografia e figurinos de Céu Campos. No elenco estão Jéssica Ricardo, Céu Campos, David Pereira, Cláudio Pinela, Miguel Assis, João Canhoto, Raquel Luz, Luís Filipe Estrela, entre outros.

Céu Campos, da direção pelo GATEM, deposita “as melhores” expetativas nesta divertida e colorida produção. “As duas sessões no Forum estão quase esgotadas e já estão marcados vários espetáculos fora de Setúbal, o que demonstra o grande interesse desta proposta”, disse ao Semmais.

Com 26 anos de atividade, a GATEM tem vindo a ensaiar as suas produções nas instalações do Clube de Futebol “Os Sadinos”, “um grupo de gente boa que soube vir ao nosso encontro e ajudar”, sublinha Céu Campos, que continua a bater na mesma tecla. “A estrutura precisa urgentemente de um auditório fixo para ensaios e representação programada”. Além disso, o GATEM reclama “mais e melhores” apoios do Governo e do município para que a companhia continue a “evoluir artisticamente” e a “dar emprego cultural”.

O GATEM já percorreu o país de Norte a Sul com as suas produções, tem espetáculos agendados para o Coliseu do Porto e vai fazer, em breve, a retoma do Programa “Interescolas” para 10 mil jovens e professores, em Fátima. “O nosso trabalho é uma marca da confiança dos promotores e autarquias. O resultado é impossível de esconder”. No entanto, Céu Campos reconhece que é fundamental “fixar mais” a companhia em Setúbal. “Os agendamentos no Forum de outros espetáculos faz-nos saltar para a itinerância. Tem valido a nossa capacidade de resistir ao desgaste humano e físico da itinerância, além dos encargos com a hotelaria e as deslocações”, afirmou.