O ‘pulmão’ do PRR na saúde da região

Está assegurada mais uma grande conquista para a região e mais uma vez tem o Instituto Politécnico de Setúbal como protagonista maior. Trata-se da Escola Superior de Saúde, cujo protocolo foi assinado esta semana no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.

Numa altura de dúvidas sobre a utilização destes fundos perdidos, num traçado estratégico que deve servir para alavancar áreas nevrálgicas do país num futuro breve, este projeto, que era tão reclamado pelo IPS, é muito merecedor.

Ambição antiga, a concretização da nova escola, que vai valer um investimento de quase dez milhões de euros, é um grande ganho para a região, porque assenta numa área sensível, tão necessitada de recursos humanos especializadas, sendo determinante para a qualificação de quadros endógenos. E pode também ampliar algumas das valências do setor que o IPS já oferece. Vamos ver.

Mas o que se espera deste PRR na área da Saúde é ir mais além. Sabe-se, por exemplo, que estão previstas grandes remodelações em diversos centros de saúde da região, nomeadamente naqueles que estão a funcionar em instalações antigas, sem condições, alguns deles mesmo em estado deplorável. E é preciso contar com investimentos de monta em equipamentos, serviços e meios de diagnósticos que, a funcionar em pleno, podem ajudar a diminuir o afluxo de doentes às urgências hospitalares.

Falta ampliar o Centro Hospitalar de Setúbal e dar-lhe uma qualificação superior, apostar na remodelação do Garcia de Orta e Nossa Senhora do Rosário. E, finalmente, erguer o tão anunciado hospital do Seixal, mesmo que isso obrigue a pequenas alterações cirúrgicas do projeto inicial.

Raul Tavares
Diretor