Seixalense Filipe Araújo preside liga do lançamento do machado

Responsável por uma das modalidades mais recentes no país, Filipe Araújo é cofundador da Liga interna do USAXE Club, o único clube que existe em Portugal e que fica a 15 minutos do Seixal.

Apaixonado pela cultura viking, durante o confinamento Filipe Araújo começou por pesquisar como podia praticar o lançamento do machado ao ar livre, de modo a libertar alguma tensão. Foi assim que conheceu a modalidade e o dono do USAXE Club – e agora parceiro -, que o nomeou presidente.

“A minha ligação a este desporto foi ocasional. Em plena pandemia tive vontade de praticar algo ao ar livre e comecei por pesquisar como podia fazer o lançamento do machado, uma vez que sou fã da cultura nórdica. Foi aí que o algoritmo, perante a minha localização – no Seixal – indicou-me a recente abertura do USAXE Club”, conta ao Semmais, explicando que não tardou até se deixar envolver pelo desporto e conhecer Colton Egbert, um dos norte-americanos responsáveis por trazer a modalidade para Portugal e sócio do clube.

Dinâmico e com vontade de crescer, o atleta fundou em novembro do ano passado, em parceria com Colton Egbert, a primeira e única liga portuguesa, a Liga Interna do USAXE Club, tornando-se assim o primeiro presidente do país. Simultaneamente, é também responsável pelas parcerias e eventos ligados à modalidade e faz a gestão dos sócios-membros.

Treinador de uma modalidade apreciada por mulheres

Quanto às atividades no clube, sediado na Lx-Factory, assume o papel de treinador principal, para além de preparar os Axe Master (instrutores) e os alunos para competições internas. “Ensino-os a fazer lançamentos especiais, a atirar diferentes tipos de machados com diferentes laminas e pesos”, refere o atleta de 34 anos, sublinhando que assim “vão subindo de escalão, à semelhança das artes marciais, só que aqui mede-se pelas t-shirts em vez do cinturão, com direito a mais descontos no clube à medida que vão elevando o nível”.

Filipe Barros tem por objetivo expandir este desporto, de modo que, no futuro, seja possível organizar campeonatos nacionais e internacionais à semelhança do que já acontece noutros países. “O nosso foco é que a comunidade cresça, a fim de abrirmos novos clubes e formarmos novas ligas em todo o território nacional, para que haja competições a grande escala”, adianta.

E para quem pensa que este é um desporto apenas direcionado para homens, desengane-se. As mulheres são uma parte representativa do clube, bem como a visita assídua de famílias com crianças e idosos.