Sesimbrense estreou-se na maior feira equestre do mundo

Fábio Vilhena foi convidado pela APSL para representar Portugal, com o seu cavalo lusitano, na Alemanha. Durante o espetáculo soaram elogios entre os mais de 200 mil visitantes da Equitana.

A Equitana, a maior bienal do mundo equestre, pioneira e impulsionadora em termos da inovação, conta com mais de 50 anos de existência e tem como objetivo promover o intercâmbio entre cavaleiros e criadores, assim como o desenvolvimento da equitação enquanto atividade desportiva.

Fábio Vilhena e o seu cavalo Capitalista representaram Portugal, pela primeira vez, no carrossel da Equitação de Trabalho, num dos mais importantes momentos da programação da feira, o Hop-Top Show. Trata-se de um espetáculo organizado pela APSL – Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano, que levou o cavaleiro natural da Quinta do Conde até Essen, na Alemanha, entre 7 e 13 deste mês. “Esta foi a minha primeira experiência internacional, foi uma honra poder representar o país num evento tão importante e, claro, com um grupo de amigos!”, partilha com o Semmais o jovem de 31 anos, que exibiu a bandeira portuguesa juntamente com 11 cavaleiros.

“O nosso carrossel é constituído por doze conjuntos (cavalo e cavaleiro), onde apresentamos o nosso traje à portuguesa, assim como vários exercícios da Equitação de Trabalho, modalidade que já trouxe vários títulos de campeões do mundo e da europa para o nosso país”, explica, sublinhando que “estes exercícios são coordenados e feitos ao mesmo tempo por todos os elementos”, com a dificuldade acrescida de transportarem uma garrocha na mão, “símbolo da cultura portuguesa no maneio do gado no campo”.

 

Atleta é também treinador no centro hípico de Azeitão

Fábio Vilhena, filho do toureiro Júlio Vilhena, tem vindo a fazer carreira como cavaleiro e treinador no Centro Hípico Quinta das Cabreiras, em Azeitão. “Esta paixão começou desde muito cedo, tinha oito anos e adorava andar sempre com o meu pai para todo lado. Foi assim que comecei a montar a cavalo”, disse ao nosso jornal.

Já no que toca à competição, o sesimbrense começou mais tarde e sempre com o destino interdito. “Já subi a muitos pódios regionais mas, infelizmente ou felizmente porque esta arte também é a minha profissão, vendo sempre o cavalo a meio dos nacionais”, conta o atleta com um sorriso que deixa transparecer o obvio desejo de chegar ao fim de um campeonato. Contudo, admite, “estas situações fazem parte, pois o negócio é mesmo assim”, apesar de “sonhar poder competir num europeu e, claro chegar a um mundial”.

Além dos resultados pessoais, Fábio orgulha-se de ter no seu palmarés como instrutor vários prémios em provas regionais e nacionais, na mesma modalidade e também em Dressage. “Apesar de não ser eu, fico muito feliz com os meus alunos, muitos já treinam comigo desde crianças, hoje já têm 20 anos e continuamos a caminhar juntos e a ganhar alguns pódios”, conclui.