Novos serviços públicos de transporte rodoviário operam em Portalegre e Évora

Os novos serviços públicos de transporte rodoviário começaram a operar nos distritos de Portalegre e Évora, através de empresas criadas e concessionadas à Rodoviária do Alentejo.

Os novos serviços públicos de transporte rodoviário, com redução de tarifas para os utilizadores, começaram esta quinta-feira a operar nos distritos de Portalegre e Évora, através de empresas criadas e concessionadas à Rodoviária do Alentejo.

A Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) anunciou que, no distrito de Portalegre, os serviços vão ser operados pela empresa Transportes do Alto Alentejo (TAA), com um “passe único de 30 euros”, independentemente da distância.

Em comunicado, a CIMAA explicou ainda que vai ser efetuado um desconto de “50%” para todas as distâncias até 12 quilómetros, cabendo à TAA assegurar um total de 89 rotas, as mesmas que existiam antes da criação da empresa, com recurso a cerca de 40 autocarros.

O concelho de Portalegre é o único dos 15 concelhos que compõem aquele distrito que rejeitou delegar as suas competências relativas ao serviço público de transporte de passageiros municipal na CIMAA, uma vez que tem implementado há vários anos uma rede de transportes inserida nos Serviços Municipalizados de Águas e Transportes (SMAT).

Por isso, este novo serviço público de transporte rodoviário não está a operar naquele concelho.

De acordo com a CIMAA, ao abrigo do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), fica também garantida a gratuitidade dos títulos de viagem mensais para pessoas portadoras de deficiência com grau de incapacidade igual ou superior a 60%, bem como para os antigos combatentes.

“O maior investimento da CIMAA neste processo prende-se com o apoio à redução tarifária, que se espera que ronde os 200 mil euros anuais”, pode ler-se em respostas enviadas à agência Lusa pela comunidade intermunicipal.

Apesar de manter as mesmas rotas, a CIMAA indicou que foram feitos “pequenos reajustes”, tendo os mesmos sido solicitados pelos municípios, através de “preocupações” transmitidas pelas populações.

“Esta concessão [à TAA] terá a duração de quatro anos e espera-se que este período seja uma aprendizagem e um conhecimento daquilo que é o transporte público no Alto Alentejo para que, no futuro próximo, se possa fazer mais e melhor”, disse.

Em relação às melhorias estruturais com a centralização deste serviço na CIMAA, que passou a ser a Autoridade de Transportes, a comunidade intermunicipal considerou que a proximidade à população que advém de ser uma entidade pública regional a gerir a concessão de transportes públicos possa vir a “melhorar a resposta” do serviço.

Quanto ao distrito de Évora, começou esta quinta-feira também a operar o Serviço Público de Transporte de Passageiros do Alentejo Central (TPAC), através da empresa concessionária, a Transportes do Alentejo Central (TAC), cujo capital social pertence à Rodoviária do Alentejo (concessão de cinco anos).

Em comunicado, a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) disse que este novo serviço “contará com uma modernização generalizada na frota e um reforço de oferta correspondente a diversas necessidades identificadas pelos municípios”.

“Os horários da rede base da concessão correspondem, genericamente, aos atuais de forma a não causar quaisquer necessidades de adaptação dos utilizadores”, destacou.

Numa 1.ª fase, até dezembro deste ano, os portadores dos atuais passes da Rodoviária do Alentejo (com exceção dos transportes escolares) podem utilizar o Serviço TPAC, mas precisam de “proceder à atualização para o novo passe durante este período junto dos balcões do operador”, avisou.

Para os utilizadores registados no PART (redução de 60% no valor do carregamento), “não será necessário proceder a qualquer alteração e/ou novo registo”.

O serviço tem “uma rede base e complementar de caráter intermunicipal e outro lote que corresponde à Rede Urbana de Vendas Novas”, disse a CIMAC.