Transtejo aponta adesão à greve para os 19% contrariando sindicato

Os valores apresentados pela empresa contrastam com os dados apontados pelo sindicato que, hoje de manhã, referiu à agência Lusa ter havido uma adesão de 100% na greve de três horas por turno dos trabalhadores da Transtejo.

A Transtejo, que assegura as ligações fluviais entre Lisboa e Cacilhas, Montijo, Seixal e Trafaria, no distrito de Setúbal, disse hoje que registou uma adesão de 19% no primeiro dia de greve parcial.

“A greve teve uma adesão de 100% entre as 07h00 e as 10h00. As estações estiveram encerradas”, adiantou à Lusa Paulo Lopes, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), acrescentando que os trabalhadores vão voltar a parar três horas entre as 16h00 e as 19h00.

Os trabalhadores da Transtejo iniciaram hoje uma greve de três horas por turno, no início dos turnos da manhã e da tarde, durante cinco dias, para reivindicar aumentos salariais, queixando-se dos aumentos do custo de vida.

Numa resposta à agência Lusa, a empresa referiu que, no primeiro período de interrupção do serviço de transporte regular, no primeiro dia de greve parcial da Transtejo, registou-se uma adesão de 19% por parte dos trabalhadores abrangidos pelo aviso prévio.

Por outro lado, adianta a empresa, os horários de serviços mínimos definidos pelo CES – Conselho Económico e Social, para as ligações fluviais de Cacilhas (05h20 e 05h35), Montijo (06h00 e 06h30) e Seixal (06h10 e 06h35) foram cumpridos.

A Transtejo acrescenta que o serviço de transporte nas quatro ligações fluviais foi iniciado, com a devida normalidade, antes dos horários previstos e anunciados, ou seja, Cacilhas – Cais do Sodré (09h00), Montijo – Cais do Sodré (09h00), Seixal – Cais do Sodré (07h50) e Trafaria – Porto Brandão – Belém (09h00).

A Transtejo é responsável pelas ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa.

Esta empresa partilha o conselho de administração com a Soflusa, responsável pela travessia entre o Barreiro, no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.

Os trabalhadores de ambas as empresas têm levado a cabo nos últimos meses várias ações de luta, reivindicando uma valorização salarial e a contratação de funcionários.