Jovem setubalense levou a melhor sobre a concorrência em “k1-70kg”, na competição organizada pela ISKA, que decorre na Turquia. Este título junta-se ao título nacional conquistado em abril.
Maria Mariani, jovem lutadora de kickboxing, de Setúbal, sagrou-se na tarde de ontem, ao serviço da seleção nacional, campeão mundial da modalidade, ao vencer na prova “k1 -70kg”, na competição organizada pela ISKA que decorre desde dia 31 na Turquia.
Para chegar à final a atleta setubalense beneficiou da desistência da sua adversária, tendo no combate decisivo confirmado o seu valor ao arrecadar a medalha de ouro para Portugal. É uma grande conquista para a jovem, que está no seu segundo ano de sénior, depois de em abril ter vencido o título nacional.
Antes do derradeiro combate, o Semmais conseguiu falar com Henrique Diogo, responsável pela Henrique Diogo TEAM, e treinador de Maria Mariani. ““Ela está muito motivada. Os selecionadores confiam muito nela”, adiantava já o técnico.
Henrique Diogo, que ficou em Portugal a “sofrer” à distância pela sua atleta, é talvez das pessoas que a conhece melhor. “A Mariani começou a treinar aos oito anos, já tem 21. Portanto já temos uma longa ligação. Vê-la crescer desta maneira é sempre um orgulho”, refere.
O técnico, na conversa com o nosso jornal, deixou ainda rasgados elogios à sua atleta. “Ela costuma dizer que não é uma jovem normal. Não bebe, não fuma e não vai a festas. Prepara-se muito bem. Faz treinos bidiários, treina aqui connosco e fora daqui, tem rigor e controlo na alimentação. Ela é uma atleta diferente”, diz.
Maria Mariani, como já referido, está no segundo ano de sénior, depois de uma assinalável carreira nos escalões de formação, onde conquistou vários títulos nacionais e internacionais, destacando-se o título mundial, vencido em 2019, em low-kick, na Irlanda, também no Campeonato do Mundo ISKA.
Além disso, do título mundial agora conquistado, e o nacional em abril, a jovem já participou este ano em combates em França e Países Baixos, contra as campeãs nacionais dos referidos países, tendo vencido um e perdendo outro, o que também lhe começa a abrir mais portas e a cimentar a sua posição na modalidade.