O concurso público para construção de uma marina com 600 lugares na zona ribeirinha de Setúbal só deverá avançar depois de um parecer favorável da Agência Portuguesa para o Ambiente (APA), revelou ontem o presidente da administração portuária.
“Só avançamos com o concurso público internacional após emissão da Declaração de Impacte Ambiental pela APA, após a realização dos Estudos de Impacte Ambiental e a Avaliação de Impacte Ambiental”, disse o presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), Carlos Correia, em conferência de imprensa.
O responsável da APSS, que falava na apresentação do programa comemorativo do centenário do porto de Setúbal, que se celebra em 2023, recordou que a futura marina deverá ser construída entre a doca dos pescadores e a doca das Fontaínhas e terá 600 lugares, distribuídos por quatro bacias protegidas, aumentando significativamente a capacidade de resposta do porto de Setúbal à náutica de recreio.
Carlos Correia admitiu, no entanto, que a futura infraestrutura portuária será insuficiente para dar resposta à atual lista de espera, de mais de 1.400 embarcações, face a uma procura cada vez maior devido às potencialidades do estuário do Sado para a náutica de recreio.
De acordo com o responsável da APSS, o zona estuarina de Setúbal despertou também o interesse de investidores privados, que, na sequência de um concurso público efetuado há cerca de um ano, vão investir 12 milhões de euros no futuro Centro Náutico de Santa Catarina, um complexo no lado nascente que não só irá complementar a oferta da futura marina, como disponibilizar áreas de reparação de embarcações e diversas atividades comerciais relacionadas com a náutica de recreio.