Vitória FC perde com o último no Bonfim em jogo eletrizante

Sadinos somaram a oitava derrota na Liga 3 e acesso à fase de subida é cada vez mais uma realidade distante.

O Vitória FC recebeu na tarde de ontem o Moncarapachense em partida a contar para a Liga 3. Os sadinos procuravam regressar aos triunfos, depois do empate nas Caldas da Rainha, frente ao Caldas SC, na última jornada.

Para este confronto, Luís Loureiro, técnico vitoriano, teve como escolhas iniciais: Mika (guarda-redes), Tiago Melo, João Freitas, Pedro Machado, Adama François, Mário Mendonça, Camará, Filipe Oliveira, Pedro Pinho, Zequinha (capitão), Rodrigo Pereira.

Já a turma de José Bizarro, que viajou desde o concelho de Olhão, apresentou-se com: Tiago Martins (guarda-redes), Hannan, Luiz Grando, Issabelinha, Nuno Silva (capitão), Ebanilson, Celso, Rui Moreira, Cissé, Luís Pinheiro, Landry.

O jogo arrancou num bom ritmo, com ambas as equipas a procurarem dominar a partida e foram os visitantes, os primeiros a mexerem com as redes à passagem do minuto sete. Issabelinha, lançado por Ebanilson e aproveitando uma distração na defesa sadina, rematou à saída de Mika, que se estreava de Vitória FC ao peito, e abriu o marcador.

O Vitória demorou a reagir e só à chegada do quarto de hora conseguiu atingir a baliza adversária. Zequinha fez boa desmarcação a passe por alto de Tiago Melo e atirou com perigo, sendo barrado pelo guardião Tiago Martins. Dez minutos depois, os sadinos voltaram a estar perto do golo com Filipe Oliveira. O médio, servido por Rodrigo Pereira, já dentro de área e com pouca oposição, foi perdulário atirando por cima da trave.

A precisar de reagir, Luís Loureiro lançou logo no regresso do intervalo José Varela para o lugar de Tiago Melo na esperança de dar mais acutilância ao ataque pela direita nos sadinos. A verdade é que a sua turma apareceu mais desperta e dinâmica no início da segunda parte. Nesta altura consegue somar duas boas ocasiões de golo. A primeira por Zequinha, ao minuto 50, que aproveita corte mal conseguido da defesa visitante e já em esforço consegue rematar para a baliza algarvia, mas Tiago Martins fez uma brilhante defesa, mantendo a vantagem. Pouco depois, François, a responder a um livre perto da quina da área batido por Mário Mendonça, saltou mais alto que a defesa, mas o seu cabeceamento saiu por cima, perto da trave.

A insistência sadina acabaria por ser recompensada. Apesar do Moncarapachense ter equilibrado mais a partida, Rodrigo Pereira, à passagem do minuto 72, consegue desviar com sucesso para a baliza visitante, assistido por Zequinha, após jogada de insistência dos sadinos na área algarvia.

Os vitorianos ainda em êxtase com o golo do empate, levaram logo a seguir um balde de água fria. Ebanilson aproveitou uma desatenção na defesa vitoriana, conseguiu ganhar espaço e atirar sem dar hipóteses a Mika e dava de novo a vantagem aos algarvios.

O jogo estava louco e logo no minuto seguinte, Varela atira a contar para a baliza, após boa jogada interior do Vitória, no que seria o empate a dois. Dani, que assistiu Varela para o suposto golo, foi apanhado em fora-de-jogo e o golo acabou anulado. Contudo, o empate não demorou a chegar e pouco mais de dois minutos passados, Zequinha num impressionante salto e cabeceamento a responder a cruzamento da Kamo-Kamo, empatou a partida.

Apesar da muita luta e insistência, o Vitória não conseguiu voltar a criar perigo junto da baliza visitante e estava a preparar-se o “golpe de teatro” no Bonfim. Já bem perto do fim, com o relógio a marcar 93 minutos, João Oliveira bateu a marcação e com um cabeceamento de rompante, a responder a cruzamento vindo da direita do ataque algarvio, rematou sem hipóteses para Mika e deu o triunfo ao Moncarapachense.

O Vitória ocupa o 8º lugar da série B da Liga 3, com 16 pontos, menos oito que o FC Alverca, que é 4º, a última equipa que ocupa um dos lugares de acesso à fase de subida. Caso o Alverca vença o Caldas SC, a desvantagem do Vitória passará a ser de 11 pontos, quando faltam 18 pontos para disputar até ao final desta fase, deixando os sadinos em posição muito complicada para aceder à fase de subida.