MP acusa seis homens de homicídio qualificado em Setúbal

Os seis arguidos são acusados do homícidio de Fábio Abenta, funcionário de um bar situado na Avenida 5 de Outubro, onde foi agredido pelos suspeitos na madrugada de 9 de setembro.

Os seis arguidos, dois dos quais em prisão preventiva, estão indiciados pela prática, em coautoria, de um crime de homicídio qualificado, pelo que o Ministério Público de Setúbal decidiu requerer, em sede de acusação, o agravamento das medidas de coação para os outros quatro arguidos.

De acordo com a acusação, na sequência de uma discussão no interior de um bar situado na Avenida 5 de outubro, em Setúbal, “os seis arguidos, de forma concertada, agrediram a vítima com murros e pontapés e partiram garrafas e copos de vidro no corpo daquela”.

“Um dos arguidos desferiu dois golpes com uma faca, provocando lesões que acabaram por causar a morte do ofendido”, acrescenta a nota publicada na página oficial do Ministério Público.

No passado dia 28 de fevereiro, a Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal anunciou a detenção de um homem de 34 anos, que poderá ser o autor material do assassínio do funcionário do bar e que ficou em prisão preventiva.

Segundo o comunicado então divulgado pela PJ de Setúbal, o detido, acompanhado por mais cinco pessoas, terá agredido a vítima, de 31 anos, “com murros, pontapés e garrafas e, num segundo momento, esfaqueou-a, no tórax e abdómen, causando-lhe a morte”.

De acordo com o relato da PJ, os suspeitos terão praticado o crime de homicídio “por motivos completamente fúteis e movidos por um espírito de vingança, sustentados na sua superioridade numérica e nos laços familiares que os unem”.

O presumível autor material do crime, que se colocou em fuga, só foi capturado no passado dia 28 de fevereiro. Os outros cinco elementos do grupo, com idades entre os 19 e os 33 anos, tinham sido detidos pela PSP de Setúbal poucas horas depois do crime.

Estes cinco arguidos foram presentes ao Tribunal de Setúbal, em 10 de setembro, que, na altura, decretou a prisão preventiva de um deles e apresentações periódicas às autoridades para os outros quatro elementos do grupo, medida que, em sede acusação, o Ministério Público pediu que fosse agravada.