“A Feiticeira de Oz” sobe ao palco da Academia Almadense este sábado

O clássico de Frank Baun é recuperado pela GATEM – Espelho Mágico, num musical para miúdos e graúdos, que pretende passar e honrar o poder do valor da amizade.

O palco da Academia Almadense recebe este sábado, em duas sessões (11h00 e 15h00), o musical “A Feiticeira de Oz”, da GATEM – Espelho Mágico, depois da estreia no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, em outubro.

O espetáculo é inspirado na obra “O Feiticeiro de Oz”, uma história criada há mais de cem anos por Frank Baun que também chegou ao cinema e foi considerado pelo American Film Institute como o melhor filme de entretenimento familiar de todos os tempos. Agora ganha uma versão atualizada e recupera e coloca em palco as carismáticas personagens Dorothy, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão.

“Fizemos a nossa adaptação deste clássico e passamos a ter uma feiticeira, daí o título, em vez do tradicional feiticeiro”, sublinha ao Semmais Céu Campos, responsável pela encenação, cenografia e figurinos.

Apesar de ser uma obra muito conhecida e já muito trabalhada, em diversas vertentes, parece existir sempre espaço para a surpresa e inovação. “O nosso registo está muito ligado aos clássicos, é habitual pegarmos neste tipo de obras. Só que aquilo que o GATEM – Espelho Mágico procura é conseguir dar uma nova roupagem e fazer uma produção à nossa moda. Procuramos sempre surpreender”, acrescenta a responsável.

Amizade e magia para cativar a atenção dos mais novos

Neste âmbito, a adaptação do grupo pretende passar uma mensagem de forma bastante marcada. “É um espetáculo que procura muito falar da amizade e do autoconhecimento. É isso que queremos cultivar e passar para o público com este musical, uma reflexão e homenagem ao poder da amizade e valores que devem nortear o nosso dia-a-dia”, explica a encenadora.

Esta mensagem, defende Céu Campos, é importante para os mais novos que estão a formar o seu caráter e a forma como se integram na sociedade, mas também pode ser transversal a toda a comunidade: “Esta é uma das funções mais importantes do teatro. Abrir janelas dentro e fora de nós. Provocar a reflexão. Aqueles quatro amigos (Dorothy, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão), procuram, no fundo aquilo que toda a humanidade devia buscar, valores que devem nortear no nosso quotidiano”.

Apesar de ser destinado a miúdos e graúdos, acabam por a ser os mais novos o público alvo deste espetáculo, o que exigiu uma produção acertiva para captar e manter a sua atenção. “O segredo está na fantasia, na cor, nos ambientes criados e depois no próprio ritmo, nas surpresas e comédia que o espetáculo tem. Juntam-se ainda as músicas, do António Carlos Coimbra, também muito divertidas, e as danças. E esta receita faz com que o pequeno espetador fique preso à magia de Oz”, refere a encenadora.