Porto de Setúbal quer ser “hub” de inovação ambiental, tecnológica e energética

Esta posição foi defendida pelo presidente da APSS, Carlos Correia, no arranque do Fórum “Investir, Inovar e Descarbonizar”, que se realizou, hoje, em Setúbal.

O Porto de Setúbal quer assumir-se como um polo de desenvolvimento sustentável da atividade portuária e, simultaneamente, promover o crescimento económico, a economia azul, a inovação, a tecnologia e o bem-estar local, regional e nacional.

As energias renováveis, a transição energética, a economia circular, a inovação e a tecnologia nas cadeias logísticas, nos transportes marítimos e na infraestrutura portuária, foram alguns dos temas discutidos durante a segunda conferência do Fórum “Investir, Inovar e Descarbonizar”, dedicado ao tema “Inovação e Sustentabilidade, que se realizou hoje, no âmbito do Centenário do Porto de Setúbal.

Neste encontro, debateu-se também a importância do equilíbrio e coexistência de ecossistemas naturais e socioeconómicos.

O presidente da APSS, Carlos Correia, salientou que “o porto de Setúbal reúne, pelas suas características naturais, pelas infraestruturas existentes, pelos investimentos de melhoria realizados nos últimos anos, pelas áreas de expansão de que ainda dispõe e pelo know how das empresas localizadas na sua envolvente, potencialidades para um forte desenvolvimento e crescimento nos próximos anos de suporte à transição energética com base em energias renováveis, em harmonia com a cidade e valorizando o património, a natureza e os ecossistemas circundantes”.

Carlos Correia deixou ainda uma mensagem e objetivos: “queremos tornar o porto de Setúbal num “hub” económico de desenvolvimento sustentável diferenciador a nível regional, nacional e europeu, parte imprescindível de cadeias logísticas sustentáveis de base para a localização de novos clusters da reindustrialização, das novas energias, das energias verdes e da economia circular, inovação e bioeconomia: “Queremos tornar o Porto de Setúbal num “hub” atlântico de nova geração com pegada ambiental mínima, digitalizado e automatizado, associado às cadeias de abastecimento verdes da próxima geração e portos climate-smart. Queremos tornar o Porto de Setúbal num “hub” natural, limpo e protetor da natureza, com uma forte aposta no esforço de mitigação de impactes e promovendo a renaturalização das áreas protegidas e dos ecossistemas de elevado valor natural e para a captura de carbono”.

No encerramento deste encontro, Porfírio Gomes, presidente da Comunidade Portuária de Setúbal, destacou que “o Porto de Setúbal está vivo e recomenda-se” adiantando que o porto “está a ter uma atratividade muito grande no domínio das energias alternativas e tem todas as condições para se tornar num hub de energias limpas”.

Porfírio Gomes, salientou a melhoria das acessibilidades marítimas, ferroviárias e rodoviárias, realizadas nos últimos anos e adiantou que neste momento é tempo de “todos juntos, criarmos condições para que num curto espaço de tempo, todos os projetos previstos sejam implementados”.

O seminário ficou ainda marcado pela intervenção de vários stakeholders do setor, especialistas, representantes de instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, assim como da Comunidade Portuária de Setúbal, que abordaram soluções inovadoras para os desafios que o setor enfrenta no domínio da sustentabilidade ambiental, económica e energética.