História sadina começou pelas mãos de Joaquim Venâncio, Henrique Santos e Manuel Gregório, a que se juntaram tantos outros que ajudaram a fundar o clube, batizado por Joaquim Correia da Costa.
O Vitória FC festeja esta segunda-feira, o 113º aniversário, prevendo-se diversas iniciativas para assinalar mais um ano da história começada a 20 de novembro de 1910.
As celebrações arrancam cedo com a realização de uma missa em memória dos vitorianos falecidos. Segue-se a cerimónia do hastear da bandeira do clube junto ao Estádio do Bonfim e a homenagem a Jacinto João, figura maior do futebol sadino, com a deposição de flores junto à sua estátua, na Praça do Vitória FC, pelo presidente Carlos Silva, acompanhado de outros elementos da direção.
O jantar comemorativo, que se realiza no Pavilhão Antoine Velge, é o ponto mais alto dos festejos, reunindo toda a família vitoriana, desde dirigentes, atletas das várias modalidades, colaboradores e sócios, num momento em que serão distinguidas as figuras que mais se destacaram no último ano.
É também neste jantar que o clube homenageia os seus associados, nomeadamente os que atingem os 25, 50 e 75 anos de filiação, que receberão do emblema sadino, respetivamente, os diplomas e emblemas de prata, ouro e diamante, numa cerimónia onde também, seguramente, estarão presentes representantes de altas entidades, como a câmara de Setúbal, a Federação Portuguesa de Futebol e a Associação de Futebol de Setúbal.
Esta segunda perfazem-se 113 anos que Joaquim Venâncio, Henrique Santos e Manuel Gregório deram o pontapé de saída para formarem um novo clube em Setúbal, a que chamaram de Sport Vitoria, depois de abandonarem, por dissidências, o Bomfim Foot-ball Club, um dos clubes da cidade, que começava a importar o popular desporto britânico.
Aos três primeiros elementos, juntaram-se Guilherme da Silveira, José Preto Chagas, Manuel Reimão, Gabriel Roillé, Matos Diniz, Duarte Catalão, Ernesto Viegas, António Ledo, Eurico Costa, Joaquim Gomes, Júlio Araújo e Mário Ledo cimentando o projeto, que ganhou finalmente forma a 5 de maio de 1911, quando se realiza a sua primeira Assembleia Geral, onde adotou, por sugestão do jornalista Joaquim Correia da Costa, o nome de Victória Foot-ball Club.
O Vitória rapidamente emergiu como o clube mais importante da cidade e um dos mais representativos na região, tendo, durante os primeiros anos, conquistado as primeiras alegrias no Campo dos Arcos. Em 1923/24 e 1926/27, conquistou o Campeonato de Lisboa, batendo Benfica, Sporting e Belenenses, disputando o título nacional. Em 1944 atingiu a sua primeira final da Taça de Portugal, sendo derrotado pelo Benfica.
Mas é no Bonfim, estádio que ainda hoje é a casa do Vitória, que a história do clube se firma. Inaugurado em 1962, o enorme estádio, indissociável da cidade de Setúbal, assistiu às maiores conquistas dos sadinos, como as caminhadas para as vitórias nas Taças de Portugal em 1964/65 e 1966/67, sem esquecer das mágicas noites europeias em que se batiam com os mais poderosos emblemas estrangeiros.
Passados os gloriosos anos 60 e 70, é sobretudo a partir do final dos anos 80, confirmando-se em 90, que o Vitória FC começa a viver as maiores dificuldades desportivas, representativas da crescente crise financeira.
A época de 2004/05, após uma curta permanência na Segunda Liga, marcou o regresso do clube ao convívio dos grandes e também a conquista da última Taça de Portugal, frente ao Benfica. Em 2008 os sadinos venceriam ainda a primeira Taça da Liga frente ao Sporting. Em 2020, por decisão administrativa, os vitorianos descem aos campeonatos não profissionais, iniciando uma luta em tribunais pelo seu regresso à Primeira Liga, que se mantém até hoje.
No entanto, não só de futebol se faz este clube. O Vitória FC tem ainda a sua equipa de andebol na primeira divisão e conta com uma participação muito forte nas modalidades de atletismo, ginástica e judo. Recentemente, o futsal juntou-se ao ecletismo do clube, que conta ainda com ténis de mesa, aikido, kickboxing, taekwondo e karaté.