Dois sem-abrigo e um marchante vão provar no palco almadense que se as pessoas forem unidas nada as pode prejudicar. Trata-se de uma comédia clownesca, dirigida pelo belga Joseph Collard.
Um jogo clownesco sobre as armadilhas da posse, o desejo de poder, a capacidade de partilhar e o valor da verdadeira amizade é o mote para a comédia “Kokorokokaixa”, de Paul Maar e dirigida pelo clown belga Joseph Collard. A 61.ª criação do Teatro Extremo, sediado em Almada, estreia esta sexta-feira, pelas 21h30.
Fernando Jorge Lopes, diretor artístico e ator do grupo, disse ao Semmais que a nova peça irá “divertir bastante” o público e que se trata de um espetáculo sobre “os valores da amizade para ver com toda a família”.
Já Joseph Collard afirma “quem melhor do que os palhaços para passar da alegria à tristeza, da bondade à malícia, da partilha à individualidade”.
O trabalho teatral, com uma duração aproximada de 60 minutos, é interpretado pelo elenco residente do Teatro Extremo, nomeadamente Bibi Gomes, Fernando Jorge Lopes e Rui Cerveira. Os figurinos e a cenografia são da autoria de Miguel Falcato e Jean Marc Dercle. Joseph Collard assina a direção artística da nova comédia do grupo, que celebra no próximo ano 30 anos ao serviço da cultura almadense.
Obra de Paul Maar fica em cena até 17 de dezembro
Segundo a sinopse da peça, os sem-abrigo Bartolominha e Cominhos de fendem com unhas e dentes o seu “castelo”. Provocam-se, discutem e lutam pelo título da melhor caixa de papel. Essa disputa é interrompida, um dia, pela chegada de um misterioso desconhecido. Um marchante musical, que traz consigo a sua caixa de música. Por ser tão diferente deles, é perseguido pelo casal de sem-abrigo, como os ratos. No entanto, o marchante musical põe um contra o outro ao roubar-lhes as caixas de papel onde pernoitam. Só então é que os dois se apercebem que se estiverem unidos, o marchante musical não os pode prejudicar. Por fim, reconciliam-se e, finalmente, acabam por partilhar a mesma caixa.
Kokorokokaixa”, após a estreia, ficará em cena até 17 de dezembro, no Teatro Estúdio António Assunção, em Almada, podendo ser vista às sextas-feiras, às 21h30, aos sábados, às 16h00, e aos domingos às 11h00. O bilhete normal de adulto custa 7,50 euros, enquanto as crianças, jovens, seniores, profissionais de espetáculo e grupos a partir de três pessoas pagam apenas cinco euros.
Num Abril e Fechar de Olhos” é o título do próximo espetáculo do Extremo, que estreia a 8 de março de 2024, a pretexto das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
