AD – O Único Voto Útil

Por uma questão de transparência, faço aqui uma declaração de interesses e informo – sou candidato na lista da AD – no quinto lugar, logo, não sou imparcial, pelo menos a seus olhos.

O facto de não ser imparcial, por ter um interesse directo, não quer dizer que lhe vá mentir ou prometer o que saiba que não podemos cumprir.

Ou falar gratuitamente mal dos outros. Todos os partidos têm propostas interessantes, alguns, acredito, até são bem-intencionados e, a grande maioria deles faz falta no parlamento.

Mas, na altura de votar, importa que o(a) caro(a) leitor(a), saiba em quem está a votar e qual a utilidade do seu voto.

Todos pensam que estão a votar ou no Ventura, no Montenegro, no Paulo Raimundo, na Mortágua ou no Pedro Nuno Santos. Nada mais falso. Esses, serão eleitos no seu círculo eleitoral.

Nós, quando votamos, estamos a votar apenas no nosso círculo eleitoral e são esses deputados que vão ser eleitos. Imaginem que querem votar, por exemplo no Ventura, mas não o querem como Primeiro-Ministro, porque o acham fanfarão. Apenas são daqueles que lhe acham piada e querem protestar. Nesse caso, tenho a dizer-lhe duas coisas: Primeiro, se todos pensarem como você, ele até ganha as eleições e não é isso que você deseja. Segundo, em bom rigor, apesar de apenas no dia 10 à noite é que vamos saber qual o partido mais votado, logo, aquele que o Presidente da República vai convidar primeiro a formar governo, apesar disso e sem qualquer soberba, não é de todo expectável que que o Chega ganhe, logo, se está em Setúbal e a votar nele, no fundo está a deitar fora um voto, pois ele nem sequer é candidato neste círculo eleitoral, logo, estará a eleger para aí o segundo, terceiro ou quarto deputado dessa lista que você nem deve nunca ter ouvido falar.

O outro efeito perverso que esse voto tem é que, provavelmente, você até iria votar na AD, mas queria protestar contra o sistema, como tantas vezes oiço na rua, mas não quer de todo que os socialistas se mantenham no poder. Se esse é o seu caso, então tenho uma má notícia para lhe dar: Ou você vota AD ou pode estar a contribuir para os manter no poder mais quatro anos, porque ao não votar na AD, corre o risco de o PS ter mais votos que a AD e aí, o seu voto num Chega ou numa IL é apenas um voto perdido. Nem está a votar no cabeça de lista, como pensava, nem está a votar num partido que tenha aspirações a ganhar e, tal cereja no topo do bolo invertida, ainda tem “a fava” de levar com o PS mais quatro anos.

Por isso, o seu voto, só pode ser na AD, por ser o voto útil.

Mas não reivindicamos o voto na AD apenas pela questão do voto útil. Temos, no nosso círculo eleitoral, uma candidata de excelência -a Dra. Teresa Morais – uma mulher de causas – violência doméstica, trabalho dígno, igualdade de tratamento no trabalho entre homens e mulheres, apoio aos desfavorecidos, com uma carreira académica notável e provas dadas, quer profissionalmente, quer politicamente, onde já foi ministra.

Apostamos num Plano de Emergência para a Saúde e, enquanto deputados, não descansaremos enquanto o Distrito não tiver equipamentos e recursos humanos à disposição da sua população.

A segurança é também uma aposta. Também em equipamentos, recursos humanos e, sobretudo, na dignificação desses recursos humanos, o que não sucede hoje.

E, por fim, a defesa da nossa região. Não só no turismo, como nas pescas, na agricultura, nos serviços, nas infraestruturas (nova travessia do Tejo, aeroporto, conclusão do Metro Sul do Tejo, mais equipamentos na Fertagus e na Transtejo e Soflusa, enfim, que a Margem Sul do Tejo, deixe de ser o deserto e passe a ser um lugar digno e com condições para viver.

Por tudo isto, dia 10, apenas um voto o pode beneficiar e esse voto é na Aliança Democrática.