Vitória FC sofre reviravolta frente ao Elvas no último jogo da fase regular

Elvenses capitalizaram quebra física e emocional dos sadinos e empurrados pela sua moldura humana, quase quatro mil adeptos, conseguiram dar a volta ao resultado, com dois golos nos últimos dez minutos, depois do emblema de Setúbal ter estado em vantagem desde os 15 minutos.

O Vitória FC deslocou-se na tarde de ontem a Elvas, para defrontar O Elvas CAD na última jornada da fase regular do Campeonato de Portugal, com ambos os emblemas confortáveis na classificação. Os sadinos com o 1º lugar e a presença na fase de subida à Liga 3 garantida e os elvenses com a manutenção no Campeonato de Portugal assegurada.

Foi então com uma derrota que o emblema de Setúbal fechou a primeira fase da competição, depois de dois empates nas últimas jornadas, sendo surpreendido nos últimos dez minutos da partida, com dois golos da equipa da casa, num espaço de cinco minutos, depois de ter estado em vantagem desde o quarto de hora da partida.

No Campo Domingos Carrilho Patalino, com quase quatro mil adeptos presentes, numa excelente moldura humana e de festa de ambos os lados, o Vitória FC apresentou-se com Tiago Neto (guarda-redes), Joel Monteiro, Lourenço Henriques, Tiago Duque, Gonçalo Maria, António Montez, Paulo Lima, Caleb, Flavinho, Tuga e João Marouca.

O conjunto da casa iniciou a partida com Bruno Bolas (guarda-redes), Renato Matos, César Medina, Mamadu Djaló, Rúben Cardoso, Russel Sandio, Vilson Caleir, David Freire, Franco Almara, Luís Gaspar e Desmond Nketia.

Aos 15 minutos de jogo, os sadinos confirmaram a sua superioridade e melhor entrada na partida. Flavinho, após excelente combinação entre Tuga e Marouca, atirou forte para as redes elvenses para festa dos muitos adeptos setubalenses que acompanharam a equipa e que por momentos silenciaram o “Patalino”.

O Vitória pareceu sempre mais tranquilo e senhor do jogo, aproximando-se com alguma facilidade da área adversária, não conseguindo, no entanto, criar oportunidades para dilatar a vantagem.

A equipa da casa reagiu e teve perto da meia hora de jogo a maior ocasião para empatar a partida. Numa disputa de bola à entrada da área, a equipa d’O Elvas consegue isolar-se, mas Tiago Neto numa grande defesa evitou o empate que só não aconteceu na sequência porque Lourenço Henriques, na linha de golo, cortou a recarga de cabeça.

Estes foram os últimos momentos de “frisson” junto das balizas, com a vantagem sadina a manter-se no restante da primeira etapa.

Na segunda parte, o Vitória manteve-se por cima, não concedendo oportunidades nem grande espaço ao Elvas no seu meio-campo, apesar da equipa alentejana começar a acumular mais posse de bola.

Os sadinos podiam ter, inclusivamente, dilatado a vantagem aos 72 minutos. Tuga, lançado por Caleb, conseguiu levar vantagem nas costas da defesa adversária, mas não conseguiu bater o guarda-redes Bruno Bolas que foi rápido a sair da baliza e fechou o ângulo ao avançado sadino.

Paulatinamente e empurrado pela sua moldura humana, o emblema da casa foi crescendo na partida, aproveitando alguma quebra física e desnorte do Vitória FC em campo. Sinónimo dessa pressão foi o canto que deu origem à grande penalidade em favor d’O Elvas ao minuto 81, beneficiando de uma falta por mão da bola de um jogador sadino dentro da área. Da marca dos 11 metros o colombiano César Medina não tremeu e atirou a contar, empatando a partida.

A equipa de Setúbal reagiu e teve perto do golo com um remate forte Tiago Nascimento, que tinha entrado ao minuto 72 para o lugar de Tuga, com a bola a sair ao lado, perto do poste direito da baliza alentejana.

Apesar dessa reação, o Elvas capitalizou a sua superioridade emocional e no grande momento da tarde confirmou a reviravolta. Após um corte incompleto da defesa sadina, em lançamento longo da equipa alentejana, o brasileiro Romarinho desferiu um forte remate de primeira que só parou nas redes setubalenses, quando passava o minuto 86.

Até ao final do jogo, o Vitória FC voltou a carregar sobre a baliza adversária, queixando-se de grande penalidade, já perto dos 90, após carga do guarda-redes Bruno Bolas sobre Catarino, num cruzamento. De cabeça, já dentro da compensação, Samir, que entrou aos 78 para o lugar de Paulo Lima, podia ter empatado, mas encontrou boa réplica do guardião elvense que segurou o triunfo.