A revolução de abril trouxe a liberdade e a democracia. «Foi um sonho mau que já passou. Foi um mau bocado que acabou», cantou José Mário Branco. Com a Revolução de Abril, criámos o Serviço Nacional de Saúde, o Poder Local Democrático, a Constituição da República Portuguesa, erguemos escolas, jardins, equipamentos culturais e desportivos, construímos estradas e redes de águas e saneamento. Portugal libertou-se e desenvolveu-se.
E o Seixal não foi alheio a este crescimento. Aliás, hoje o Município do Seixal é um dos mais jovens do país. É um município moderno, com elevada qualidade de vida e com diversos projetos de sustentabilidade nas áreas social, ambiental e educacional. É um concelho que se afirma como um dos principais polos de desenvolvimento da região e do país, com capacidade para atrair e fixar novas empresas, das quais destaco, como exemplos, a farmacêutica Hovione, já em construção, ou o projeto turístico que está a ser projetado para a freguesia de Corroios dedicado ao surf, designado Surf City, e que terá a primeira piscina de ondas do país para a prática de surf.
Na área da sustentabilidade ambiental e inovação, merece destaque a continuidade do projeto Seixal On, a participação do município no primeiro projeto de produção de hidrogénio verde em Portugal ou o projeto Seixal Criativo – Escola de Bits e Átomos.
O Poder Local Democrático, no Seixal, é responsável pela esmagadora maioria do investimento local, mas não podemos esquecer o que é responsabilidade do Poder Central e, junto com a população e as forças vivas do concelho, continuamos a lutar e a reivindicar infraestruturas e equipamentos essenciais ao desenvolvimento do concelho e ao bem-estar das nossas populações, como são, por exemplo, o caso do Hospital do Seixal, o prolongamento do Metro Sul do Tejo, a ponte Seixal-Barreiro, a Terceira Travessia do Tejo e o novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete. Alguns destes investimentos são essenciais, não apenas para o desenvolvimento do concelho e da região, como também do país.
Há 50 anos, aquela madrugada libertadora transformou o sonho e a esperança em realidade. Mas há ainda muito caminho por percorrer e muitas ameaças de retrocesso a combater, porque, como escreveu José Carlos Ary dos Santos, «agora ninguém mais cerra as portas que Abril abriu!»
A ditadura fascista em Portugal aniquilou a liberdade do povo, promoveu a miséria e o analfabetismo, ao mesmo tempo que incentivava a corrupção e os abusos de poder. A ditadura fascista fez prisões políticas e ceifou vidas, mas o povo resistiu com coragem e resiliência.
É essa coragem e resiliência que, nos 50 anos de Abril, temos de continuar a ter, combatendo os fortes ataques à autonomia do Poder Local Democrático e à sua capacidade de intervenção na resolução dos problemas das populações, combatendo as forças reacionárias que estão a delapidar os serviços essenciais do Estado como nas áreas da saúde, da segurança social, da educação, da energia, da água e resíduos ou dos transportes.
É nossa tarefa defender o Estado Social, defender a democracia e a liberdade e lutar por uma sociedade mais justa, solidária, de progresso e qualidade de vida para a população. Desta forma, honraremos a coragem e a integridade de todos os que lutaram pela liberdade e pela democracia.
Para comemorar os 50 anos de Abril, o Município do Seixal está a promover um conjunto de atividade que se prolongarão até 2026, com os seguintes temas: 2024 – Em Cada Esquina, Liberdade 2025 – Seixal, Terra e Gentes de Abril 2026 – Com a Constituição, reforçar Abril Participe! Connosco venha cumprir Abril! 25 de Abril sempre! Fascismo nunca mais!
