Vitória FC confirma votação desfavorável à revisão dos PER

Autoridade Tributária e Parvalorem, credores maioritários, impedira a homologação dos novos planos pelo tribunal. Sadinos, em comunicado, asseguram que vão apresentar soluções para manterem a “continuidade das atividades e o cumprimento das obrigações”.

O Vitória FC confirmou esta manhã a votação desfavorável que o seu pedido de revisão dos Planos Especiais de Revitalização do clube e da SAD receberam dos seus credores, obrigando, alegadamente, o Tribunal de Setúbal a declarar a insolvência do emblema sadino, nesta sexta-feira.

Em comunicado, os vitorianos explicam que face o “fim do período de carência dos Planos Especiais de Revitalização (PER) do Clube e da SAD”, aquando da “despromoção da equipa de futebol profissional ao Campeonato de Portugal”, que o Clube e a SAD “requereram a revisão dos seus PER”, com vista “a ajustar os montantes das prestações mensais às realidades financeiras”.

O mesmo texto revela, no entanto, que “apesar das negociações com os respetivos credores”, verificou-se “a votação desfavorável dos credores maioritários, a Autoridade Tributária e Parvalorem”, impedindo assim “a homologação dos planos pelo Juiz”.

O emblema sadino assume que “a não homologação aconteceu contra todas as expectativas”, dado que, de acordo com o comunicado, “o Clube e a SAD tinham as suas obrigações regularizadas à data do requerimento da revisão dos PER”.

Apesar desta situação, o Vitória FC acredita existirem soluções para resolver esta contenda. “Existem ainda instrumentos legais para promover a recuperação, como se depreende do despacho entretanto proferido pelo Tribunal do Comércio de Setúbal: “o facto de o Plano de Revitalização não ter sido aprovado pelos credores não implica que o Plano de Recuperação, também não o seja”, refere o texto.

Nesse sentido, o emblema reitera que irá “apresentar Planos de Recuperação com o objetivo de manter a seu cargo a plena administração, conforme determinado pelo Tribunal” com o objetivo de “assegurar a continuidade das atividades e o cumprimento das obrigações, ao mesmo tempo que garante a proteção dos procedimentos judiciais que impedem a possibilidade de instauração ou de prosseguimento de qualquer ação que atinja o património”.

A direção sadina confirma também que já solicitou a convocação de uma Assembleia Geral, junto do presidente da Mesa da Assembleia Geral, a realizar “de acordo com os tempos próprios dos processos e procedimentos em curso”.