Autoridade Tributária e Aduaneira apreendeu 240 quilos de cocaína no Porto de Sines, dissimulados num contentor oriundo do continente americano e com destino a outro país europeu.
Em comunicado, a AT explicou que a apreensão foi feita pela Delegação Aduaneira de Sines, da Alfândega de Setúbal, no porto de contentores daquela cidade do litoral alentejano.
A droga encontrava-se dissimulada “numa carga convencional de óleos lubrificantes”.
“A carga legítima encontrava-se acondicionada num contentor de 20 pés, que foi descarregado em Sines, com vista ao seu transbordo para outro navio e transporte até ao seu destino final”, acrescentou.
A apreensão teve por base a monitorização que as equipas aduaneiras da AT “efetuam sistematicamente às mercadorias que ‘tocam’ o solo nacional, seja para ficarem em território da União Europeia, seja para prosseguirem para outro destino”.
Atendendo à análise de risco local, o contentor foi selecionado para um controlo não intrusivo, através de equipamentos ‘scanner’, tendo sido determinado que fosse aberto.
Segundo a AT, de imediato foi verificada “a existência de sacos de desporto escondidos entre os bidões de óleo”, o que configura o “recurso ao método ‘rip off’”.
Os sacos “continham um produto que foi desde logo sujeito a um teste químico que permitiu classificar o produto como um estupefaciente, mais propriamente cocaína”, indicou.
O método ‘rip off’, explicou a autoridade, assenta na “utilização abusiva de uma carga legítima, num transporte legítimo, para fazer chegar ao destino pretendido uma remessa de estupefacientes ali dissimulados e prontos a serem rapidamente extraídos de um contentor”.
A droga apreendida foi entregue à Polícia Judiciária (PJ), que é o órgão de polícia criminal com competência exclusiva de investigação nesta matéria.
“Esta apreensão, efetuada em território nacional pela área da Inspeção e Fiscalização Aduaneira da AT, representa, a par das que são efetuadas pela Polícia Judiciária ou de outras ainda que são realizadas em colaboração com a AT, mais um forte prejuízo para as organizações criminosas envolvidas”, garantiu o organismo.