Peça “Mar Perdido” vai estar esta sexta-feira em Alvalade. Amanhã há noite de fados com Daniela Helena, em Ermidas Sado.
Dois espetáculos que integram a programação da 5.ª edição do Festival das Marias, organizado pela Companhia Alentejana de Dança Contemporânea (CADAC), sobem à cena esta sexta-feira e sábado no concelho de Santiago do Cacém. O primeira acontece já esta sexta-feira, a partir das 21h30, no Auditório Municipal de Alvalade e intitula-se “Mar Perdido”. Amanhã, no mesmo horário, é a vez do Cine Teatro Vitória – Artur de Sousa Pinto, em Ermidas-Sado, acolher uma noite de fado com Daniela Helena.
“A nossa companhia leva a Santiago um espetáculo muito bom e que recentemente esteve num festival na República Dominicana. A peça acontece numa praia cheia de resíduos de plásticos e redes. Temos três personagens em cena, três bailarinos da nossa companhia, para representar temas atuais e abordar questões como o desperdício, o plástico e a poluição. A noite de fado, está a cargo de uma artista emergente de Beja, uma espetacular jovem cantora que apresenta uma grande maturidade de voz e que tem crescido muito nos últimos anos”, explica ao nosso jornal Leopoldina Almeida, da direção da CADAC.
Feminismo como ideia central do evento
Paralelamente aos espetáculos em cartaz, a organização promove outras atividades, como conversas e workshops, que visam dar espaço a todas as mulheres. “A nossa intenção é trabalharmos em várias frentes. Por isso, temos atenção a várias questões como o feminismo, identidade género ou orientação sexual. Desde a primeira edição, em que tínhamos um conceito mais alargado, temos vindo a aprofundar as nossas discussões e a evoluir nas preocupações. Podemos tratar, por exemplo, da interrupção voluntária da gravidez, da forma como nos vestimos ou de questões ligadas a práticas sexuais. Basicamente procuramos ir ao encontro das preocupações das mulheres. Nesse sentido, temos vindo cada vez mais a tentar trazer pessoas que se identifiquem com o feminismo e com a luta das mulheres”, explica Leopoldina Almeida.
Santigado do Cacém é um dos cinco concelhos, a que se juntam Beja, Aljustrel, Cuba e Mértola, que acolhe esta edição do festival, um certame que desde o arranque está marcado pela itinerância. “O nosso objetivo não era fazer apenas um festival que ficasse concentrado em Beja, onde temos a nossa sede, mas também leva-lo a outras cidades no Alentejo. Temos uma programação muito variada, com artistas com mais nome, alguns internacionais, mas também queremos dar oportunidade a artistas ou profissionais mais emergentes e que estão à procura do seu espaço”, acrescenta a responsável.