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A “carência de profissionais”, que levou ao encerramento do serviço de acompanhamento de crianças no Hospital do Litoral Alentejano, este fim de semana, pode refletir-se de forma gravosa já no dia 1 de janeiro. “Não está ninguém escalado”, para esse dia, garantiu este domingo ao Semmais Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos.
O Semmais sabe, através de fonte hospitalar, que no dia de ano novo “não está escalado qualquer chefe de equipa de urgência, urgência pediátrica ou atendimento geral”. Uma situação que, a confirmar-se, causará transtorno a centenas dos 98 mil habitantes servidos por esta unidade de saúde.
Este fim de semana o serviço de urgência pediátrica, que o hospital denomina de “acompanhamento de crianças”, esteve encerrado, porque só existe um prestador de serviços para a pediatria. “Enquanto o Ministério continuar a insistir na contratação de prestadores de serviço em vez de médicos do quadro, esta situação manter-se-á”, lamenta Roque da Cunha.
Questionado pelo Semmais sobre a eventualidade de acontecer no Hospital do Litoral Alentejano o mesmo que aconteceu no Hospital Garcia de Orta, em relação ao encerramento da urgência pediátrica, primeiro aos fins de semana e depois no período noturno, Roque da Cunha admite que tudo depende da única pessoa que presta esse serviço. “Tudo vai depender da vontade do senhor da empresa prestadora de serviços. Se ele quer passar o ano novo cá, ou fora”.