TST pressiona o Estado a pagar mais por mais passageiros

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A população da margem sul do Tejo viu, hoje, a ligação à capital, ainda, mais dificultada do que já era habitual. A Transportes Sul do Tejo (TST) eliminou quatro carreiras e dá conta das alterações num comunicado em que “defende alternativas”. A Área Metropolitana de Lisboa (AML) que, segundo Rui Garcia, presidente do Conselho Diretivo da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) e da câmara municipal da Moita, “não deu autorização para a implementação destas alterações”, espera “reunir muito brevemente com a TST para tomar uma posição”. Isso mesmo foi confirmado ao Semmais pelo primeiro secretário da AML, Carlos Humberto.

Poderá estar em causa o afluxo de passageiros às carreiras da TST desde que entrou em vigor o Passe Navegante dentro da Área Metropolitana de Lisboa. Recorde-se que é a TST que assegura carreiras urbanas, suburbanas e rápidas na margem sul do Tejo (Almada, Seixal, Setúbal, Barreiro, Montijo, Palmela, Sesimbra) e Lisboa.

Já no mês de dezembro, em declarações ao jornal Económico, Pires da Fonseca, gestor da Arriva, que detém a TST, alertava para a necessidade de o Estado aumentar a comparticipação financeira à empresa, pelo aumento do número de passageiros. “Claro que o Estado não me está a pagar mais por ter mais passageiros, mas estou convencido de que essa foi uma aposta para 2019, que vai ser corrigida em 2020. Até porque se a empresa não for viável economicamente, vamos à falência, o Estado não tem quem faça o serviço, e a mobilidade, como está a ser desenhada pelo Governo, deixa de existir”.

Foram eliminadas as carreiras 168, que liga a Praça de Espanha à Torre da Marinha; a 260, que liga a Praça de Espanha a Sesimbra, a 101A, que fazia a ligação direta entre Cacilhas e o Cristo Rei e a 583, de ligação rápida entre Cacilhas e Setúbal.

Há, ainda, 28 carreiras cujos horários sofrem alterações, com diminuições de frequência significativas.