Autarcas do Alentejo vão eleger próximo presidente da CCDR

Face às novas regras, é possível que o novo eleito seja do PS mas, ainda assim, será necessário fazer acordos com autarcas não partidários

TEXTO REDAÇÃO IMAGEM DR

O próximo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo vai ser eleito, de forma indireta, por mais de 1200 autarcas de toda a região, num processo que deve ficar concluído ainda durante o primeiro semestre do corrente ano.

A reorganização das competências dos cinco CCDR do país enquanto serviços desconcentrados do Estado, é uma das prioridades assumidas pelo Governo de António Costa, sendo que o primeiro passo será a eleição indireta do presidente destes organismos.

Segundo refere o jornal Correio do Alentejo, será criado um colégio eleitoral vasto, composto pelos presidentes e vereadores das câmaras municipais da região. A estes juntam-se os presidentes e membros das assembleias municipais, assim como todos os presidentes de junta de freguesia da respetiva área territorial. No caso concreto da CCDR do Alentejo, o colégio eleitoral será composto por um total de 1.288 elementos, sendo preciso uma maioria de 645 votos para se ser eleito presidente.

O PS é o partido que em princípio tem mais condições de ter um candidato eleito, uma vez que contará com 612 elementos no futuro colégio eleitoral. Ainda assim, este número não é, por si só, suficiente para garantir a eleição de um presidente socialista para a CCDR do Alentejo (faltarão 33 votos), o que obrigará os socialistas a negociar com outras forças políticas, nomeadamente com os 95 eleitos por grupos de cidadãos, alguns deles com origem no próprio Partido Socialista.

O colégio eleitoral da CCDR contará ainda com 408 eleitos pela CDU, 156 pelo PSD, 12 pelo CDS-PP e cinco pelo Bloco de Esquerda.

Está também prevista a integração nas CCDR dos serviços desconcentrados do Estado de natureza territorial, designadamente nas áreas da Educação, Saúde, Cultura, Conservação da Natureza e Florestas, e Turismo.