Apenas uma empresa cumpre os requisitos para construir o Hospital do Alentejo

Foram oito as empresas que manifestaram interesse em construir o novo Hospital Central do Alentejo, em Évora, mas apenas uma cumpre todos os requisitos, segundo o relatório preliminar do concurso público.

TEXTO REDAÇÃO IMAGEM DR

O relatório preliminar da fase de qualificação “identifica uma empresa, a Acciona, como a única que cumpriu todos os requisitos exigidos no concurso”, revelou hoje o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo, à Lusa.

De acordo com o mesmo responsável, o documento, elaborado após uma reunião do júri, já foi enviado às empresas concorrentes para, se assim o entenderem, se pronunciarem no prazo de cinco dias úteis. “Os concorrentes ainda podem apresentar alguma justificação que permita não haver o processo de adjudicação, embora não tenham cumprido com os requisitos exigidos”, explicou.

A construção do novo Hospital Central do Alentejo envolve um montante total superior a 180 milhões de euros, uma vez que aos 150 milhões de investimento previsto, incluindo 40 milhões de fundos europeus, acresce 23% do IVA.

José Robalo declarou que, após a fase de auscultação das empresas, o júri voltará a reunir-se para produzir o relatório final e, nessa altura, “já haverá a escolha de um concorrente”. “A partir desse momento, segue para o Tribunal de Contas para que seja avaliado de forma prévia, antes da adjudicação, e, se tudo correr dentro da normalidade, provavelmente, o processo de adjudicação poderá ser feito antes do final do primeiro semestre deste ano”, afirmou.

Recorde-se que o hospital, a construir na periferia de Évora, vai ter um edifício que ocupará uma área de 1,9 hectares e terá uma lotação de 351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487 camas.

A futura unidade hospitalar vai dar resposta às necessidades de toda a população do Alentejo, com uma área de influência de primeira linha que abrange cerca de 200 mil pessoas e, numa segunda linha, mais de 500 mil pessoas. Contará com 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para atividade de ambulatório e dois para atividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.