Luís Franco deverá ser o candidato da CDU a Alcochete, e Maria das Dores Meira, impedida de se recandidatar em Setúbal, está a ser pressionada para concorrer à Câmara de Almada. As próximas autárquicas já mexem.
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Para além da candidatura já anunciada, como independente, de Carlos Sousa à Câmara de Palmela, as próximas autárquicas podem trazer mais novidades de peso. A CDU deverá apostar na reconquista de câmaras como Alcochete e Almada, através do regresso do ex-presidente Luís Franco, e da ‘deslocalização’ de Maria das Dores Meira, presidente da Câmara de Setúbal, à eleição almadense.
Neste contexto, o cenário que começa a ganhar cada vez mais expressão é o da reentrada em cena de Luís Franco, ex-presidente da Câmara de Alcochete, impedido de se recandidatar nas últimas autárquicas, por ter concluído três mandatos consecutivos.
O próprio não nega a possibilidade. E admite ao Semmais estar “sempre disponível para o partido, nas funções que considerar mais convenientes, e para o desenvolvimento do concelho” que dirigiu entre 2002 e 2013.
Mesmo não adiantando em que fase se encontra esta hipótese, fontes contatadas pelo Semmais dão “quase como certo” a candidatura de Franco, que foi eleito pela primeira vez presidente de câmara apenas com 33 anos de idade.
O facto de já ter passado um mandato após a limitação legal, abre essa possibilidade de concorrer onde já foi presidente.
Já o caso de Maria das Dores Meira, a popular presidente do município sadino, é um pouco diferente, porque a limitação de mandatos impede-a de concorrer a Setúbal, mas abre a possibilidade de o fazer em outro concelho.
É diferente também, uma vez que a autarca ainda não tomou nenhuma decisão, embora as pressões estejam a ganhar força. “O cenário é muito simples. Se a presidente decidir, o partido nem vai olhar para trás”, garante uma fonte contactada pelo Semmais.
O que se pode adiantar é que Dores Meira, que nas últimas autárquicas segurou de forma expressiva o seu capital político em Setúbal – ao contrário de muitos outros candidatos da CDU, que perderam as presidências dos municípios que geriam, ou maiorias absolutas nos executivos municipais -, não declina essa possibilidade, situação que foi também confirmada pelo Semmais junto de fontes próximas da autarca.
“Nem sim, nem não. É ainda muito cedo para elaborar qualquer cenário desse tipo, mas há sempre uma fase de ponderação sobre o assunto”, inferiu uma das fontes contatadas.