Só a pista de Beja tem condições para acolher o A380, o maior avião comercial do mundo da companhia aérea portuguesa Hi Fly. A aeronave descolou às 10h06 desta quinta-feira para cumprir a missão humanitária, onde estão incluídos cidadãos nacionais.
De Beja a Hi Fly descolou com destino à região de Wuhan, para realizar o repatriamento de cerca de 350 cidadãos europeus que se encontram em território chinês, onde eclodiu o surto do coronavíris.
A aeronave ruma primeiro a França, onde entrarão cerca de três dezenas de operacionais – entre médicos, autoridades e técnicos de saúde. Depois, segue para o Vietname, desconhecendo-se se dali voa depois para a China ou se ficará estacionado, à espera que um voo de ligação traga até ali os cidadãos europeus.
Segundo o Jornal de Notícias, a Direção Geral de Saúde foi responsável por orientar as tripulações portuguesas sobre quais os comportamentos a adotar nestas operações de evacuação.
Fontes ligadas ao Aeroporto de Beja adiantaram ao mesmo jornal que às 11h00 e às 15h00 desta quinta-feira poderão ocorrer mais voos da Hi Fly com destino à Ásia exatamente com a mesma missão. O segundo avião a descolar também faz escala em França, já o terceiro parte rumo a Bruxelas, onde fará ponte aérea com o Vietname.
Questionada sobre os voos, a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, explicou que os aviões “não regressam para Portugal, são fretados, talvez por uma companhia terceira, e talvez vão para Paris”.
A responsável máxima da DGS não quis adiantar se os 17 portugueses que já manifestaram vontade de sair de Wuhan estão integrados nestas missões, mas o comandante do avião da Hi Fly confirmou, esta manhã, que entre os 350 cidadãos europeus que vão ser repatriados se encontram portugueses.
