Ampliação do S. Bernardo pode estar dependente da alienação do Outão

O Estado vai candidatar o complexo do Outão ao programa Revive, com a intenção de arrecadar parte das verbas necessárias para a ampliação do S. Bernardo. Responsáveis hospitalares e Câmara de Setúbal estão preocupados.

A ampliação do Hospital S. Bernardo, obra orçada em mais de 17 milhões de euros, e confirmada pelo governo desde 2016, poderá estar dependente da alienação do Outão, para fins turísticos.

O processo, que está a gerar grande preocupação junto da administração hospitalar e da Câmara de Setúbal, está a ser liderado pelo ministério das Finanças, em conjunto com a Direcção-Geral do Património e da Turismo de Portugal, e prevê a candidatura do Outão ao Programa Revive.

Recorde-se que o conjunto dos edifícios que compõem o Outão, classificado como património nacional, foi avaliado em 15 milhões de euros, sendo que a ideia inicial seria a venda a privados, solução que esbarrou no facto de o mesmo estar sob jurisdição do domínio público marítimo.

Fontes contatadas pelo Semmais garantem que no Orçamento de Estado deste ano “não estão verbas consideradas para as obras de ampliação do hospital”. “O S. Bernardo está à beira da rutura e a ampliação é crucial para que se mantenha em atividade”, exortou ao Semmais, Eugénio Fonseca, presidente do Conselho Consultivo do Centro Hospitalar de Setúbal.

Entretanto, o Semmais sabe que, na última semana, um mecenas, que solicitou, para já, anonimato, está disposto a doar dois milhões de euros, faseado em quatro tranches, caso a obra avance. (Ler mais na edição deste sábado do jornal Semmais).