Já não há seca extrema no Alentejo

A chuva de março aliviou agricultores e criadores de gado, mas não chegou para repor os níveis ideais nas barragens.

A precipitação que caiu durante o mês de março no Baixo Alentejo afastou o espectro de seca extrema na região. O valor médio da chuva no período em questão corresponde a 118 por cento do que é habitual e constitui, para já, um alívio para agricultores e criadores de gado.

Os dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) diziam que, no final de fevereiro, todos os concelhos do Baixo Alentejo que confinam com o Algarve se encontravam em situação de seca extrema, situação que desapareceu devido às últimas chuvas. No entanto, ainda de acordo com o mesmo organismo, quase todo o distrito de Beja vive em seca severa.

O IPMA refere ainda que apesar de ter chovido em março mais do que é habitual (tendo em conta as medições efetuadas entre 1971 e 2000) as barragens alentejanas, sobretudo as que se situam mais a sul, continuam longe de estar cheias.

Os mapas do IPMA mostram que apesar de ter deixado de existir seca extrema no Alentejo, quase todo o distrito de Beja e quase todo o Alentejo Litoral estão na situação de seca severa. A designação de seca moderada atinge quase todo o distrito de Évora, parte dos concelhos do litoral e ainda uma franja do distrito de Portalegre. Neste último distrito a maior parte dos 15 concelhos encontra-se na situação de seca fraca.