TAD remete recurso do Vitória de Setúbal para o Tribunal Administrativo

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) aceitou o recurso do Vitória de Setúbal, que tinha visto a providência cautelar rejeitada, e remeteu a decisão para o Tribunal Central Administrativo do Sul.

No despacho arbitral a que a Lusa teve acesso, datado de 22 de setembro, o TAD considera que o clube setubalense, despromovido pela Liga ao Campeonato de Portugal, tem “legitimidade” para continuar o recurso interposto.

“De acordo com os números 1, 2 e 5 do artigo 8.º da Lei do TAD (Lei n.º 74/2013, de 6 de setembro) conjugada com os artigos 145.º e 147.º do Código do Procedimento nos Tribunais Administrativos (Lei 17/2002 de 22 de fevereiro), a decisão é recorrível e a Recorrente tem legitimidade, pelo que, por também ser tempestivo, se admite o recurso interposto que é de apelação com subida imediata nos próprios autos e efeito meramente devolutivo. Remetam-se, pois, os autos ao Tribunal Central Administrativo Sul”, lê-se no documento assinado pelo presidente do Colégio Arbitral.

O Vitória de Setúbal, no sítio oficial do clube, congratula-se pela decisão agora tomada.

“Com a decisão do TAD, foi dado mais um passo para a reposição da verdade. É por este caminho que iremos continuar. É também por este caminho que convocamos todos os verdadeiros vitorianos a seguir. Conscientes do momento difícil que atravessamos, mas confiantes no futuro”, dizem.

O emblema setubalense, que vai participar na série H do Campeonato de Portugal, apela à união dos seus adeptos numa altura em que a direção presidida por Paulo Gomes se encontra demissionária.

“Este é o momento de todos os vitorianos estarem unidos. Enquanto uns se preocupam em denegrir a imagem do clube e de quem o representa, outros trabalham arduamente para que a verdade desportiva seja reposta. Lutando todos os dias contra quem nos quer derrubar, e mesmo contra aqueles que, na ofensa gratuita e na difamação, ajudam os inimigos do Vitória a atingir o seu objetivo, o presidente e a sua direção, embora demissionários, vão continuar no caminho da defesa intransigente do emblema maior da região”, afirmam.