Demoras no processamento do receituário e no atendimento telefónico são apenas algumas das preocupações.
O crescente aumento de queixas dos utentes por causa da demora no processamento de receituário médico e, também, no atendimento telefónico, motivou a apresentação de uma queixa por parte da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos ao ACES – Arco Ribeirinho, o conjunto de unidades do serviço Nacional de Saúde que efetuam trabalho nos concelhos de Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete.
Os utentes dizem que não obtêm respostas e, por vezes, não obtêm as receitas para patologias crónicas e que precisam de medicação rotineira e urgente, refere a entidade queixosa.
“Sabemos, como temos vindo a reafirmar, dos problemas estruturais de falta de meios
(materiais e humanos), mas não podemos deixar de questionar o que está a ser feito para mitigar estas lacunas e facilitar o acesso a serviços de saúde primários e de proximidade”, lê-se no comunicado agora divulgado.
A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos disse ainda, na mesma nota, que não sabe como se vai processar a campanha de vacinação para a gripe para os utentes da unidade de saúde de Coina, uma vez que este serviço está agora totalmente vocacionado para as questões relacionadas com o Covid-19.
“As nossas exigências passam também pela reposição das consultas presenciais, pois
não se pode continuar a adiar as consultas presenciais que são fundamentais para a prevenção das doenças. A prestação de cuidados primários não pode ficar refém da exigência da necessária intervenção no quadro do Covid-19. É urgente o investimento técnico e humano para o reforço do SNS”, dizem ainda os responsáveis da mesma associação.