Universidade de Évora publica estudo premiado pelo Comité Olímpico de Portugal

Estudo da Universidade de Évora (UÉ) mostra os benefícios de uma recuperação clínica ativa ao invés da tradicional recuperação sedentária.

A Universidade de Évora divulgou um estudo sobre a recuperação clínica e qual a melhor forma de evitar problemas cardiovasculares e outros nos doentes em recuperação. Devido às conclusões e ao uso iminente na sociedade, o Comité Olímpico de Portugal decidiu distinguir o mesmo com uma menção honrosa nos Prémios Ciências e Desporto.

Os autores do estudo chegaram à conclusão que as práticas de exercícios intermitentes de alta intensidade apresentam benefícios superiores ao exercício continuo executado em intensidades moderadas, significando na prática que os doentes em recuperação são mais ativos e correm menos riscos cardiovasculares, ao invés adotarem práticas sedentárias.

“Um dos problemas mais proeminentes da sociedade portuguesa e da região alentejana em particular são as doenças cardiovasculares”, referiu José Parraça, Professor da Universidade de Évora e coautor do estudo “Reabilitação Cardíaca: O Impacto do Treino Intervalado de Alta Intensidade Vs Treino Contínuo Moderado na Fase III” que avaliou os efeitos de uma recuperação clínica ativa e baseada em exercícios de Treino Intervalado de Alta Intensidade.

O professor da UÉ acrescentou ainda que “é urgente implementar e criar estratégias para que os programas de Recuperação Clínica (RC) possam chegar a um maior número possível de pessoas cardíacas, e assim ter uma rede de centros públicos de RC com distribuição mais equilibrada no nosso país”.

Para além de José Parraça o estudo contou com os contributos de Catarina Gonçalves, Armando Raimundo, Jorge Bravo e de Ana Abreu, que foram premiados pelo Comité Olímpico de Portugal.