A nova produção do Teatro Estúdio Fontenova é um original de Luísa Monteiro. Encenada por José Maria Dias, a peça sobe ao palco a 6 de novembro.
Numa cidade que possuiu dos maiores centros conserveiros do país, as histórias e estórias de mulheres que “quase nascidas nas fábricas, faziam das caixas do peixe o seu berço”, enquanto as mãos das suas mães se ocupavam com o amanhar do peixe para poderem “amanhar” a vida.
Com estreia marcada para 6 de novembro, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, para além da peça que estará em cena até dia 15, o Teatro Estúdio Fontenova (TEF) vai também lançar um livro com a obra de Luísa Monteiro, na Casa da Cultura, no dia 7. A obra conta ainda com um trabalho de pesquisa e investigação levado a cabo junto de várias mulheres que trabalharam nas fábricas de conserva da região e que foi escrito por Jaime Pinho, João Santos e Vanessa Amorim.
Com encenação de José Maria Dias, “A Casa de Emília” conta com as interpretações de Eunice Correia, Fábio Nóbrega Vaz, Graziela Dias e Sara Túbio Costa, e com a participação do Coro Setúbal Voz, que interpreta as composições musicais de Jorge Salgueiro.
“Mais do que uma peça sobre a vida das conserveiras, esta obra é uma história que vai beber à vida das conserveiras. A Emília que trabalha numa fábrica de conservas vive com a filha Albertina e com a neta Amélia e são as vivências dessa casa que são retratadas, ao mesmo tempo que são tenta fazer um retrato da vida dessas mulheres e da sociedade política e económica da altura”, explica Patrícia Paixão, do TEF, que associa também a estreia da peça ao dia internacional pela eliminação da violência contra a mulher, assinalado em novembro.